Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Repetindo atos.

Repetindo atos.

Quando pensares em unir sua vida a de outra pessoa tente analisar se a forma com que vocês foram educadas se assemelham. A gente se torna o reflexo da educação que tivemos, ainda que a condenemos não iremos fugir de nossas raízes.
Se sua namorada fala que seus pais eram rudes e que gritavam com ela frequentemente ao invés de dialogar, ou seja, que ela foi educada num meio em que o respeito foi substituído pelo temor, lembre-se se na primeira discussão ou diante da primeira adversidade ela não vai erguer o tom de voz e lhe magoar.
Com raríssimas exceções, no que se refere a forma de trato com o outro a gente repete os exemplos que tivemos. Filhos de mães e pais carinhosos e afetuosos, de regra serão assim, filhos de pais brutos, violentos e nervosos, de regra serão assim.
A gente não dá o que não tem, e isso vale para amor, bem como para as noções básicas de respeito e interação com o outro, e, principalmente com o sexo oposto cujo exemplo maior é o de nossos pais verdadeiros, adotivos e avós.
Provavelmente alguns psicólogos saibam disso, talvez muitos discordem, afinal todos sabemos que as pessoas podem ter reações diversas às mesmas situações, todavia não podemos olvidar do que se chama de “na maioria das vezes”. E na maioria das vezes a gente vem a repetir os atos aprendidos e apreendidos no meio em que fomos educados.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 30 de janeiro de 2010.

Voltando a se encontrar.

Voltando a se encontrar.

Depois de algumas experiências no campo de nossa afetividade nossas emoções podem sofrer um certo “estresse” e nos deixar perdidos. Perdidos dentro da gente mesmo, dentro do que a gente quer ou não para nossa vida amorosa.
Todavia, o tempo é e sempre será o senhor da razão e é ele quem nos ensina a ter certeza do que não queremos para nossa vida, de onde podemos tirar a certeza de nossos anseios opostos: O que de fato desejamos.
A partir do momento em que, conhecendo e convivendo com alguém vamos nos desencantando e decepcionando passamos a ter plena certeza do que não gostamos no outro: Sua forma de agir perante subalternos, sua forma de tratar sua família, de portar-se no trabalho, de lhe responder e tratar publicamente, seu caráter, sua desonestidade, sua forma de ser rude ou grosseira.
Daí, com algum sofrimento e mais vivência fizemos o perfil do tipo de pessoa que desejamos atrair, posteriormente para nossa vida: Carinhosa, gentil, ponderada, honesta, educada, afetiva. A vida dá voltas e termina voltando ao mesmo lugar: A gente pode se perder em nossos anseios, mas se eles forem bons podemos ir para longe deles, cedo ou tarde voltamos para eles.
O passado não tem conserto, o que passou serviu para nos ensinar, afinal não fossem os erros do ontem não teríamos as virtudes de hoje. Assim sendo, nos resta viver, sorrir, chorar e levantar sempre de cabeça erguida e com a certeza de que são nossos anseios e convicções que farão o universo nos trazer aquilo que merecemos e a nós se assemelha.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 30 de janeiro de 2010.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cabeça fresca

Cabeça fresca

Você tem medo do que? Dizem que todo mundo tem medo de alguma coisa. De repente seja verdade, ninguém quer perder quem ama, por exemplo, e pode desenvolver um medo disso, todavia todos os medos acentuados são vãos.
Vãos porque a gente só tem medo das coisas antes de elas acontecerem. A gente sofre antecipadamente. No momento em que algo que nos atemorizava acontece nosso cérebro e emoções se focam na resolução da situação a tal ponto que o medo é esquecido.
Talvez eu seja uma insana, ou alguém a quem a vida tornou demasiado objetiva. Não me preocupo na verdade com nenhuma definição acerca de meu caráter do qual a única que sabe realmente o valor que tem sou eu, e não preciso, tampouco desejo provar nada para pessoa alguma, por isso não tenho medo.
Não tenho medo de nada porque eu sei que em qualquer situação, com exceção da morte a vida sempre aponta duas vias para seguirmos, então, porque se preocupar com o final da estrada se as paisagens podem ser mais atraentes? Cabeça fresca é bom na vida e não significa irresponsabilidade, mas auto confiança, sem a qual a vida não tem sentido algum.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 05 de fevereiro de 2010
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