Auto-respeito
Eu tenho compaixão pelas pessoas que não se auto-respeitam. Via de regra falamos que a moçoila volúvel "não se respeita", não se dá valor, que o rapaz "galinha" também não se valoriza. Em alguns casos pode ser verdade, mas, na realidade a pior demonstração de falta de respeito por si mesmo ocorre quando o homem não aceita suas limitações, quando não consegue se perdoar por algum erro, ou, pelo fato de ser quem é: Por não ser perfeito nem adequado às expectativas alheias.
Respeitar é aceitar o outro, é não fazer ao outro o que não desejamos que ele nos faça, é ser compreensivo e ter compaixão para com as pessoas. O conceito, pois, de respeito quase todas as pessoas possuem, mas, o visualizam quando se refere ao "alter", ao respeito para com o outro, para com o mundo, e esquecem que, muitas vezes, falam dele e até mesmo o têm, sem te-lo por si mesmos.
Respeitar a si mesmo é valorizar-se com suas limitações, o que, obviamente não implica no comodismo "sou assim e serei para sempre", até mesmo porque tal afirmação vai de encontro com a ordem da escola da vida que é o aprendizado e a mudança gerada por ele. E só aprende quem erra, se perdoa e segue adiante, sem demasiada auto-crítica, flagelação ou piedade por si mesmo.
Todos sabem que não devem ser cruéis com o outro. Tortura física, então é crime hediondo. Mas muitas pessoas se torturam psiquicamente, são cruéis consigo mesmos. Não perdoam suas mancadas, seus erros, e, muitas vezes, não se perdoam por não satisfazer as expectativas dos outros, dos pais, do marido, da esposa, dos filhos. Isso é uma forma de auto-mutilação, tal qual a a ingestão demasiada de remédios, de álcool e de drogas, por exemplo, que são, praticamente, torturas físicas.
Infelizmente, não são poucas as pessoas que não respeitam a si mesmas. Que não aceitam seus limites, que não relevam seus erros, que não perdoam a si mesmo e aos outros, e, assim, fazem de sua vida um inferno, por, simplesmente, olvidarem de si mesmos, por não conseguirem se auto-compreender partindo da seguinte realidade: O passado, como diz a palavra, já passou e nele agimos de tal forma porque ontem não tínhamos a maturidade e quiçá a sapiência que temos hoje.
Não adianta lastimar, não adianta se drogar, tomar remédios ou porres homéricos. O passado ficou lá atrás, seus reflexos devem ser aceitos vez que são imutáveis. O primeiro passo, porém, para encontrar o auto-respeito esquecido é ter serenidade para aceitar o que não se pode mudar na vida, e a paciência para mudar aquilo que podemos.
Nunca devemos olvidar de que, se precisamos de paciência para com os outros, temos que te-lá para conosco mesmos porque somos imperfeitos e jamais iremos agradar à todos. Precisamos mesmo é ter paz em nosso espírito, respeitar a nós mesmos, e viver bem, sem exigirmos de nós o que a vida não nos deu: Perfeição e adequação imutável.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de setembro de 2007.
Eu tenho compaixão pelas pessoas que não se auto-respeitam. Via de regra falamos que a moçoila volúvel "não se respeita", não se dá valor, que o rapaz "galinha" também não se valoriza. Em alguns casos pode ser verdade, mas, na realidade a pior demonstração de falta de respeito por si mesmo ocorre quando o homem não aceita suas limitações, quando não consegue se perdoar por algum erro, ou, pelo fato de ser quem é: Por não ser perfeito nem adequado às expectativas alheias.
Respeitar é aceitar o outro, é não fazer ao outro o que não desejamos que ele nos faça, é ser compreensivo e ter compaixão para com as pessoas. O conceito, pois, de respeito quase todas as pessoas possuem, mas, o visualizam quando se refere ao "alter", ao respeito para com o outro, para com o mundo, e esquecem que, muitas vezes, falam dele e até mesmo o têm, sem te-lo por si mesmos.
Respeitar a si mesmo é valorizar-se com suas limitações, o que, obviamente não implica no comodismo "sou assim e serei para sempre", até mesmo porque tal afirmação vai de encontro com a ordem da escola da vida que é o aprendizado e a mudança gerada por ele. E só aprende quem erra, se perdoa e segue adiante, sem demasiada auto-crítica, flagelação ou piedade por si mesmo.
Todos sabem que não devem ser cruéis com o outro. Tortura física, então é crime hediondo. Mas muitas pessoas se torturam psiquicamente, são cruéis consigo mesmos. Não perdoam suas mancadas, seus erros, e, muitas vezes, não se perdoam por não satisfazer as expectativas dos outros, dos pais, do marido, da esposa, dos filhos. Isso é uma forma de auto-mutilação, tal qual a a ingestão demasiada de remédios, de álcool e de drogas, por exemplo, que são, praticamente, torturas físicas.
Infelizmente, não são poucas as pessoas que não respeitam a si mesmas. Que não aceitam seus limites, que não relevam seus erros, que não perdoam a si mesmo e aos outros, e, assim, fazem de sua vida um inferno, por, simplesmente, olvidarem de si mesmos, por não conseguirem se auto-compreender partindo da seguinte realidade: O passado, como diz a palavra, já passou e nele agimos de tal forma porque ontem não tínhamos a maturidade e quiçá a sapiência que temos hoje.
Não adianta lastimar, não adianta se drogar, tomar remédios ou porres homéricos. O passado ficou lá atrás, seus reflexos devem ser aceitos vez que são imutáveis. O primeiro passo, porém, para encontrar o auto-respeito esquecido é ter serenidade para aceitar o que não se pode mudar na vida, e a paciência para mudar aquilo que podemos.
Nunca devemos olvidar de que, se precisamos de paciência para com os outros, temos que te-lá para conosco mesmos porque somos imperfeitos e jamais iremos agradar à todos. Precisamos mesmo é ter paz em nosso espírito, respeitar a nós mesmos, e viver bem, sem exigirmos de nós o que a vida não nos deu: Perfeição e adequação imutável.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de setembro de 2007.
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