Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 18 de junho de 2016

Ódio: um sentimento inexistente.

Ódio: um sentimento inexistente.

Eu não acredito no ódio. Pra mim ele não passa de, meramente, uma palavra, um vocábulo. Psicologicamente, pois ele não é um sentimento, ou melhor, digamos que seja, mas neste caso ele se transmuta e pode ser denominado de indiferença.
Quando o outro, seu agir e sua existência não geram minha raiva, minha magoa, meu rancor, meu apreço, meu desprezo, minha ira, aí haverá o tal do ódio que não passa de indiferença! "Odiar" é "não estar nem aí" pra alguém ou para algo, ainda que esta pessoa lhe tenha feito algo de ruim!
O ódio não passa da ausência de qualquer sentimento, ele significa não sentir nada. Enquanto eu afirmar ao mundo que odeio isso ou aquilo, aquele ou aquela outra e usar a minha energia mental, psíquica e física para pensar nele, acompanhar sua existência, difamar-lhe, ofender-lhe, criticar-lhe ou escarnecer-lhe, então, o que eu sinto não é desprezo, asco ou ódio.
Eu simplesmente valorizo a existência daquele "ser humaninho", mas não tenho brio para admitir que eu "lhe adoro" ou "lhe acho foda" (valendo-me da canção da baiana linda e arretada Pitty). Se alguém lhe incomoda, o problema não está neste alguém, está em você que tem sentimentos reprimidos (vulgo recalcados) e que, no fundo, precisa de ajuda profissional.
Sim, você da turminha do asco e do ódio, inclusive à minorias, e que se torna stalker virtual ou afetivo do outro, no fundo lhe preza, mas não aceita tal fato por arrogância, imbecilidade, orgulho ou, puramente, demência! E eu tenho dó de você.

Cláudia de Marchi

Brasília/17 de junho de 2016.

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