Ódio: um sentimento inexistente.
Eu não acredito no ódio. Pra mim ele não passa de,
meramente, uma palavra, um vocábulo. Psicologicamente, pois ele não é um
sentimento, ou melhor, digamos que seja, mas neste caso ele se transmuta e pode
ser denominado de indiferença.
Quando o outro, seu agir e sua existência não geram
minha raiva, minha magoa, meu rancor, meu apreço, meu desprezo, minha ira, aí
haverá o tal do ódio que não passa de indiferença! "Odiar" é
"não estar nem aí" pra alguém ou para algo, ainda que esta
pessoa lhe tenha feito algo de ruim!
O ódio não passa da ausência de qualquer sentimento,
ele significa não sentir nada. Enquanto eu afirmar ao mundo que odeio isso ou
aquilo, aquele ou aquela outra e usar a minha energia mental, psíquica e física
para pensar nele, acompanhar sua existência, difamar-lhe, ofender-lhe,
criticar-lhe ou escarnecer-lhe, então, o que eu sinto não é desprezo, asco ou
ódio.
Eu simplesmente valorizo a existência daquele
"ser humaninho", mas não tenho brio para admitir que eu "lhe
adoro" ou "lhe acho foda" (valendo-me da canção da baiana linda
e arretada Pitty). Se alguém lhe incomoda, o problema não está neste alguém,
está em você que tem sentimentos reprimidos (vulgo recalcados) e que, no fundo,
precisa de ajuda profissional.
Sim, você da turminha do asco e do ódio, inclusive à
minorias, e que se torna stalker virtual ou afetivo do outro, no fundo lhe
preza, mas não aceita tal fato por arrogância, imbecilidade, orgulho ou,
puramente, demência! E eu tenho dó de você.
Cláudia de Marchi
Brasília/17 de junho de 2016.
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