Os outros
Pense rápido: Até que ponto você deixa de agir ou falar pensando na opinião alheia? Quantas foram as risadas contidas, as piadas que ficaram só na mente, as afirmativas veladas, os gestos contidos em prol "dos outros", e, obviamente, do medo do julgamento e opinião alheia?
Primeiramente, meu amigo, quero dizer que mudar seu jeito, conter seu estilo, e se auto-censurar pensando na opinião que os outros terão é, primeiramente sinal de medo. E, este medo leva ao real sentimento existente nessa forma de agir: Orgulho.Sim, você que se acha "humilde" porque vive pensando nos outros e na sua opinião acerca de seus atos é um tremendo orgulhoso.
O medo de ser mal julgado, criticado, tripudiado indica orgulho. A pessoa não quer parecer frágil, não quer parecer vil, teme criticas até mesmo de seu humor, e por isso se cala, afinal não quer ser criticado, quer parecer, sempre o melhor, o "acima" de qualquer critica, "acima" de qualquer mal julgamento. E vai ficando tão acima de tudo que acaba sumindo, evaporando com as nuvens de seus receios tolos.
Certa vez um grande amigo me disse que eu devia me cuidar com meus atos porque muitas pessoas julgavam minha espontaneidade de forma negativa. Confesso que parei para pensar, "controlar" um pouco a língua (como diria minha mãe), afinal pensar antes de falar é sempre salutar. Todavia, de resto, eu tenho minhas certezas, dentre as quais a que "mudar" pelos outros nunca vale a pena.
Mudar, crescer, evoluir e aprender são essenciais em nossa vida, mas por nós mesmos e não pensando no julgamento alheio. Essas pessoas, esse "ente" verbal e material denominado de "outros" sempre irão criticar e mal julgar porque, sendo a maioria, estão em constante conflito interior e, por isso, atribuem a nós seus problemas, conflitos e "defeitos". Os outros, enfim, sempre irão nos criticar por algum motivo, querer agradar-lhes é algo mais do que impossível, é algo estúpido.
Aliás, não existe mudança baseada na opinião dos outros, mas "adequação" apenas. E quem vive se adequando aos outros não têm a si mesmo, enfim, já perdeu sua essência na vida. De tanto se adaptar, se adequar, a pessoa se perde de si mesma. Fundamental é se conhecer, se aceitar, e, até mesmo se auto-modificar, mas movido pela própria vontade e necessidade sem pensar, exclusivamente, em agradar aos outros.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 23 de agosto de 2007.
Pense rápido: Até que ponto você deixa de agir ou falar pensando na opinião alheia? Quantas foram as risadas contidas, as piadas que ficaram só na mente, as afirmativas veladas, os gestos contidos em prol "dos outros", e, obviamente, do medo do julgamento e opinião alheia?
Primeiramente, meu amigo, quero dizer que mudar seu jeito, conter seu estilo, e se auto-censurar pensando na opinião que os outros terão é, primeiramente sinal de medo. E, este medo leva ao real sentimento existente nessa forma de agir: Orgulho.Sim, você que se acha "humilde" porque vive pensando nos outros e na sua opinião acerca de seus atos é um tremendo orgulhoso.
O medo de ser mal julgado, criticado, tripudiado indica orgulho. A pessoa não quer parecer frágil, não quer parecer vil, teme criticas até mesmo de seu humor, e por isso se cala, afinal não quer ser criticado, quer parecer, sempre o melhor, o "acima" de qualquer critica, "acima" de qualquer mal julgamento. E vai ficando tão acima de tudo que acaba sumindo, evaporando com as nuvens de seus receios tolos.
Certa vez um grande amigo me disse que eu devia me cuidar com meus atos porque muitas pessoas julgavam minha espontaneidade de forma negativa. Confesso que parei para pensar, "controlar" um pouco a língua (como diria minha mãe), afinal pensar antes de falar é sempre salutar. Todavia, de resto, eu tenho minhas certezas, dentre as quais a que "mudar" pelos outros nunca vale a pena.
Mudar, crescer, evoluir e aprender são essenciais em nossa vida, mas por nós mesmos e não pensando no julgamento alheio. Essas pessoas, esse "ente" verbal e material denominado de "outros" sempre irão criticar e mal julgar porque, sendo a maioria, estão em constante conflito interior e, por isso, atribuem a nós seus problemas, conflitos e "defeitos". Os outros, enfim, sempre irão nos criticar por algum motivo, querer agradar-lhes é algo mais do que impossível, é algo estúpido.
Aliás, não existe mudança baseada na opinião dos outros, mas "adequação" apenas. E quem vive se adequando aos outros não têm a si mesmo, enfim, já perdeu sua essência na vida. De tanto se adaptar, se adequar, a pessoa se perde de si mesma. Fundamental é se conhecer, se aceitar, e, até mesmo se auto-modificar, mas movido pela própria vontade e necessidade sem pensar, exclusivamente, em agradar aos outros.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 23 de agosto de 2007.
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