Valiosa Exceção
Eu gostaria de saber porque a tristeza na vida e o descontentamento com ela se tornaram tão "normais". Por que as pessoas se acostumaram a reclamar, a superestimar o que não é bom, por que a palavra depressão se tornou tão banal e corriqueira? Por que a alegria e a empolgação com a vida não são tão comuns? Eis algumas de minhas indagações.
"Fulano brigou com a namorada e esta com depressão". "Cicrano conseguiu auxílio doença e vai parar de trabalhar porque esta com deprimido". Mas, o trabalho não é a mais nobre forma de ocupar a mente e espantar maus pensamentos, ou seria essa concepção demasiado antiga? Mas, perder e sofrer frustração no amor além de fazer sofrer não ensina? Qual o motivo pelo qual a tristeza ganhou status de "imperadora" no mundo e as pessoas só aferem o lado ruim das circunstâncias? A vida não é fácil, mas também não é difícil, é, apenas surpreendente e o preço que se paga por ser infeliz ou feliz é o mesmo a partir do momento que ganhamos um passaporte só de entrada neste mundo (afinal a viagem de volta é certa, mas sem data marcada).
Não custa nada buscar razões para ser contente na vida, todavia o ser humano fez do descontentamento a regra, inclusive fisicamente: Não se avalia com o mesmo peso as características bonitas, todavia as menos belas são superestimadas. O nariz é grande? Mas o olho e o olhar são belos. O cabelo é liso demais? Mas a pele é magnífica, e, ora essa, quantas pessoas não desperdiçam tempo e dinheiro para ter um cabelo extra liso?!
A beleza física esta em algum lugar do corpo, a beleza da vida em algum aspecto dela, basta dar-lhes importância, basta procurar o contentamento e não o seu oposto. Se algo esta ruim, o que fazer? Se é possível muda-lo é preciso arregaçar as mangas, se nada podemos fazer, por que lamentar? Existem tantas coisas a nosso redor que são boas.
Existem dias que acordamos sem achar muita graça de nada, o que fazer? Trabalhar, se dedicar a algo de que gostemos quando o trabalho nos dá tempo: Ler, cozinhar, pintar, passear, caminhar, dirigir, beber e comer algo que nos apeteça. Sempre podemos fazer algo agradável para melhorar nosso humor e fazer de sua falta uma grande exceção em nossa vida.
A felicidade não é uma ilusão, é uma opção que poucos fazem e pela qual a maioria gosta de esperar, motivo pelo qual a tristeza e a depressão imperam. A vida nunca será sempre agradável, aliás ela não existe para nos agradar, quem existe para tentar fazer de sua existência algo mais agradável e produtivo somos nós. No entanto poucos assumem a responsabilidade pela sua própria felicidade, talvez porque seja mais fácil responsabilizar o mundo, cruzar os braços, lamentar as "dificuldades da vida" e ser, apenas, mais um descontente no mundo.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Passo Fundo, 29 de maio de 2009.
Eu gostaria de saber porque a tristeza na vida e o descontentamento com ela se tornaram tão "normais". Por que as pessoas se acostumaram a reclamar, a superestimar o que não é bom, por que a palavra depressão se tornou tão banal e corriqueira? Por que a alegria e a empolgação com a vida não são tão comuns? Eis algumas de minhas indagações.
"Fulano brigou com a namorada e esta com depressão". "Cicrano conseguiu auxílio doença e vai parar de trabalhar porque esta com deprimido". Mas, o trabalho não é a mais nobre forma de ocupar a mente e espantar maus pensamentos, ou seria essa concepção demasiado antiga? Mas, perder e sofrer frustração no amor além de fazer sofrer não ensina? Qual o motivo pelo qual a tristeza ganhou status de "imperadora" no mundo e as pessoas só aferem o lado ruim das circunstâncias? A vida não é fácil, mas também não é difícil, é, apenas surpreendente e o preço que se paga por ser infeliz ou feliz é o mesmo a partir do momento que ganhamos um passaporte só de entrada neste mundo (afinal a viagem de volta é certa, mas sem data marcada).
Não custa nada buscar razões para ser contente na vida, todavia o ser humano fez do descontentamento a regra, inclusive fisicamente: Não se avalia com o mesmo peso as características bonitas, todavia as menos belas são superestimadas. O nariz é grande? Mas o olho e o olhar são belos. O cabelo é liso demais? Mas a pele é magnífica, e, ora essa, quantas pessoas não desperdiçam tempo e dinheiro para ter um cabelo extra liso?!
A beleza física esta em algum lugar do corpo, a beleza da vida em algum aspecto dela, basta dar-lhes importância, basta procurar o contentamento e não o seu oposto. Se algo esta ruim, o que fazer? Se é possível muda-lo é preciso arregaçar as mangas, se nada podemos fazer, por que lamentar? Existem tantas coisas a nosso redor que são boas.
Existem dias que acordamos sem achar muita graça de nada, o que fazer? Trabalhar, se dedicar a algo de que gostemos quando o trabalho nos dá tempo: Ler, cozinhar, pintar, passear, caminhar, dirigir, beber e comer algo que nos apeteça. Sempre podemos fazer algo agradável para melhorar nosso humor e fazer de sua falta uma grande exceção em nossa vida.
A felicidade não é uma ilusão, é uma opção que poucos fazem e pela qual a maioria gosta de esperar, motivo pelo qual a tristeza e a depressão imperam. A vida nunca será sempre agradável, aliás ela não existe para nos agradar, quem existe para tentar fazer de sua existência algo mais agradável e produtivo somos nós. No entanto poucos assumem a responsabilidade pela sua própria felicidade, talvez porque seja mais fácil responsabilizar o mundo, cruzar os braços, lamentar as "dificuldades da vida" e ser, apenas, mais um descontente no mundo.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Passo Fundo, 29 de maio de 2009.
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