A “normalidade” da anormalidade psíquica.
Na medida em que a sociedade evoluiu e o homem se modificou o que outrora era incomum tornou-se comum, e, consequentemente, padrões de atitudes antes tidas como “anormais” são, hoje, julgadas como dentro da normalidade comportamental.
Se outrora o ato de medicar-se era substituído por toda forma de busca de melhora (chás, por exemplo) sem se socorrer de medicação farmacêutica, atualmente, qualquer dorzinha de cabeça possui vários medicamentos à ela indicados.
Antigamente não se conhecia o conceito de depressão hoje em dia, porém ela é justificativa para toda tristeza ou descontentamento momentâneo com a vida e, o que é pior, existe uma série de drogas para curá-la e a grande maioria das pessoas socorrem-se à elas ao menos uma vez na vida. A lista de doenças psiquiátricas foi expandida de forma alarmante.
No Direito falamos em “tipos penais” como a definição de delitos. Na medida em que aumenta a lista de tais tipos, mais comum e mais fácil será subsunção da conduta humana à eles, caracterizando a tipicidade e aumentando a possibilidade do homem, voluntária ou involuntariamente, ser caracterizado como criminoso.
Na proporção em que, por outro lado, aumenta a caracterização de doenças humanas, sobretudo psiquiátricas, majoram-se as possibilidades do homem ser tido como “mentalmente enfermo”. Eis que, ter alguma doença psiquiátrica se tornou comum. Todos conhecem uma boa quantidade de pessoas com algum problema psiquiátrico.
O ser humano não teve força suficiente para superar suas dificuldades, fraquezas e episódios naturais de tristeza sem que a “indústria” médica e farmacêutica não achasse neles um “nicho” para ganhar dinheiro, com o aplauso, logicamente, das pessoas ávidas por serem consideradas “vitimas do mundo moderno”.
Se as pessoas compreendessem que se sentir mal, triste, cansado e descontente é algo comum, que é impossível viver diariamente como famílias de comercial de margarina, não estariam fomentando o crescimento da lista de “anormalidades” psíquicas para, depois, nela se enquadrarem. Logo, atualmente ser saudável se tornou anormal, não tomar alguma espécie de antidepressivo ou ansiolítico é exceção.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 08 de junho de 2009.
Na medida em que a sociedade evoluiu e o homem se modificou o que outrora era incomum tornou-se comum, e, consequentemente, padrões de atitudes antes tidas como “anormais” são, hoje, julgadas como dentro da normalidade comportamental.
Se outrora o ato de medicar-se era substituído por toda forma de busca de melhora (chás, por exemplo) sem se socorrer de medicação farmacêutica, atualmente, qualquer dorzinha de cabeça possui vários medicamentos à ela indicados.
Antigamente não se conhecia o conceito de depressão hoje em dia, porém ela é justificativa para toda tristeza ou descontentamento momentâneo com a vida e, o que é pior, existe uma série de drogas para curá-la e a grande maioria das pessoas socorrem-se à elas ao menos uma vez na vida. A lista de doenças psiquiátricas foi expandida de forma alarmante.
No Direito falamos em “tipos penais” como a definição de delitos. Na medida em que aumenta a lista de tais tipos, mais comum e mais fácil será subsunção da conduta humana à eles, caracterizando a tipicidade e aumentando a possibilidade do homem, voluntária ou involuntariamente, ser caracterizado como criminoso.
Na proporção em que, por outro lado, aumenta a caracterização de doenças humanas, sobretudo psiquiátricas, majoram-se as possibilidades do homem ser tido como “mentalmente enfermo”. Eis que, ter alguma doença psiquiátrica se tornou comum. Todos conhecem uma boa quantidade de pessoas com algum problema psiquiátrico.
O ser humano não teve força suficiente para superar suas dificuldades, fraquezas e episódios naturais de tristeza sem que a “indústria” médica e farmacêutica não achasse neles um “nicho” para ganhar dinheiro, com o aplauso, logicamente, das pessoas ávidas por serem consideradas “vitimas do mundo moderno”.
Se as pessoas compreendessem que se sentir mal, triste, cansado e descontente é algo comum, que é impossível viver diariamente como famílias de comercial de margarina, não estariam fomentando o crescimento da lista de “anormalidades” psíquicas para, depois, nela se enquadrarem. Logo, atualmente ser saudável se tornou anormal, não tomar alguma espécie de antidepressivo ou ansiolítico é exceção.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 08 de junho de 2009.
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