Incompetência afetivo-profissional
A incompetência é algo aberrante em muitos profissionais liberais. Há poucos dias atrás precisei de um profissional da área da saúde, na verdade de dois, porém de áreas diferentes. Um deles formou-se fora da cidade, com um consultório sóbrio, sem muito luxo mostrou simpatia e humanidade extremas desde a minha primeira visita.
Passados alguns dias fui noutro profissional, de outra área quando tive um grande susto. Sim, um enorme susto e, porque não dizer: Pavor. Sai do consultório apavorada, pensando como milhares de universidades formam profissionais inaptos e o quão mal se sentem as pessoas desavisadas ao cruzarem com esse tipinho de profissional laborando (ou fingindo que o faz) por ai. Não, minha gente, o problema da incompetência desses profissionais não é culpa das instituições de ensino superior, mas isto sim, da falta de educação e de humanidade, da falta de afeto enquanto pessoa e de amor pelo trabalho e pelo seu objeto: O ser humano e seus problemas físicos, jurídicos ou psíquicos, o homem e seus anseios.
Ao precisar deste profissional cuja forma fria, estúpida e até mesmo cruel de desempenhar suas funções me apavorou eu vi quão pouco importante é o nome, o sobrenome, a formação e até mesmo a arquitetura do local de trabalho quando o assunto é desempenho profissional. Você não vai a um médico, dentista ou advogado sem que esteja com algum problema, ou, ainda que não haja nenhum, o que qualquer cidadão deseja é ser tratado com respeito, e, principalmente, com humanidade.
A população esta ficando mais exigente, profissionais ásperos, frios e grosseiros não agradam a ninguém. Queremos ser bem tratados não apenas porque estamos pagando, mas porque somos gente, seres humanos, independente de nossa beleza, altura, elegância, cor da pele, situação financeira ou grau de instrução.
Lamento informar à meus caros advogados, médicos, engenheiros, veterinários, dentistas, comerciantes, dentre outros: Não basta ter pós graduação, mestrado ou doutorado, não basta estudar constantemente nem fazer cursos de atualização, não basta ser de família abonada e ganhar de presente do papai um consultório lindíssimo e ultra moderno, não basta ser bem vestido e comprar o carro de ultima geração: É preciso ser competente no que diz respeito a convivência interpessoal, é preciso ser competente nos quesitos educação, respeito ao próximo, compaixão e ausência de preconceito, qualidades que não podem ser adquiridas por dinheiro nenhum e não acrescentam nenhum "Dr.", "MS." ou "pH.d" antes de seu nome, mas acrescentam o adjetivo "muito" antes da palavrinha competência, afinal não basta ser competente para vencer no mundo atual é preciso ser "muito competente", pois, do contrário, o melhor a fazer é ir para casa, pedir um "adiantamento de herança" para os papais e se resignar, porque, como profissional você não vale um níquel.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 30 de outubro de 2009.
A incompetência é algo aberrante em muitos profissionais liberais. Há poucos dias atrás precisei de um profissional da área da saúde, na verdade de dois, porém de áreas diferentes. Um deles formou-se fora da cidade, com um consultório sóbrio, sem muito luxo mostrou simpatia e humanidade extremas desde a minha primeira visita.
Passados alguns dias fui noutro profissional, de outra área quando tive um grande susto. Sim, um enorme susto e, porque não dizer: Pavor. Sai do consultório apavorada, pensando como milhares de universidades formam profissionais inaptos e o quão mal se sentem as pessoas desavisadas ao cruzarem com esse tipinho de profissional laborando (ou fingindo que o faz) por ai. Não, minha gente, o problema da incompetência desses profissionais não é culpa das instituições de ensino superior, mas isto sim, da falta de educação e de humanidade, da falta de afeto enquanto pessoa e de amor pelo trabalho e pelo seu objeto: O ser humano e seus problemas físicos, jurídicos ou psíquicos, o homem e seus anseios.
Ao precisar deste profissional cuja forma fria, estúpida e até mesmo cruel de desempenhar suas funções me apavorou eu vi quão pouco importante é o nome, o sobrenome, a formação e até mesmo a arquitetura do local de trabalho quando o assunto é desempenho profissional. Você não vai a um médico, dentista ou advogado sem que esteja com algum problema, ou, ainda que não haja nenhum, o que qualquer cidadão deseja é ser tratado com respeito, e, principalmente, com humanidade.
A população esta ficando mais exigente, profissionais ásperos, frios e grosseiros não agradam a ninguém. Queremos ser bem tratados não apenas porque estamos pagando, mas porque somos gente, seres humanos, independente de nossa beleza, altura, elegância, cor da pele, situação financeira ou grau de instrução.
Lamento informar à meus caros advogados, médicos, engenheiros, veterinários, dentistas, comerciantes, dentre outros: Não basta ter pós graduação, mestrado ou doutorado, não basta estudar constantemente nem fazer cursos de atualização, não basta ser de família abonada e ganhar de presente do papai um consultório lindíssimo e ultra moderno, não basta ser bem vestido e comprar o carro de ultima geração: É preciso ser competente no que diz respeito a convivência interpessoal, é preciso ser competente nos quesitos educação, respeito ao próximo, compaixão e ausência de preconceito, qualidades que não podem ser adquiridas por dinheiro nenhum e não acrescentam nenhum "Dr.", "MS." ou "pH.d" antes de seu nome, mas acrescentam o adjetivo "muito" antes da palavrinha competência, afinal não basta ser competente para vencer no mundo atual é preciso ser "muito competente", pois, do contrário, o melhor a fazer é ir para casa, pedir um "adiantamento de herança" para os papais e se resignar, porque, como profissional você não vale um níquel.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 30 de outubro de 2009.
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