Esquecer-se do que não merece ser lembrado é o melhor remédio (para todos os males)!
Vai existir um dia que você vai se enganar. Em que sensações, atos, palavras e pressentimentos irão lhe enganar. Alguém irá lhe enganar.
Mostrar mais do que de fato sente, ser mais afetuoso do que, de fato, nutre afeto por você. Vai haver um dia em que você vai crer-se estimado, respeitado, adorado e até amado, mas não vai ser.
O motivo do engano, da ilusão, do engôdo? Não importa! Pode ser que você estivesse carente, pode ser que você tenha se envolvido num jogo de sedução e de um falso bem querer, pode ser que você tenha caído em palavras docemente astuciosas de quem gosta de brincar com os outros, pode ser que um sociopata lhe usou como laboratório para enaltecer sua mente doentia, pode ser que uma pessoa problemática, perdida e sem coragem lhe disse inúteis "mentiras sinceras", porque mal conhece a si mesmo.
Tenha, pois, piedade! A única coisa verdadeira que existirá nisso tudo é a necessidade de esquecer. De deletar. De resignar-se ao engano e assumir para si o dever de não ser mais iludido, de não confiar em demasia, enquanto, um dia por vez, você desapega da ilusão de outrora.
Sem muito questionar, porque não vale a pena perder sono, tempo, lágrimas ou suor por algo que, na página da sua vida, será sempre designado como "um grande engano".
Cláudia de Marchi
Brasília/DF, 07 de março de 2017.
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