Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A responsabilidade inerente ao amor.


A responsabilidade inerente ao amor.

Já escrevi muito sobre o amor e relacionamentos entre as pessoas. Mas este tema não tem fim. É no amor que nos realizamos, que reconstruímos, construímos ou arruinamos com parte de nosso coração. Não existe dinheiro que minimize a dor da perda de um amor, não há psicotrópico para isso, da mesma forma não existe elixir para a dor de quem se arrepende de algo.
Todos são iguais perante a dor do amor. Com exceção de quem não sabe amar. Mas, ora, existe quem não o saiba? Sim, existe quem seja disso incapaz.
Para viver um amor e manter uma relação é necessário tirar o foco de seu próprio mundo, é preciso saber ver e vivenciar o amor: De forma saudável ele, o ser amado, deve ser nosso porto seguro, de aconchego, carinho, risos, abraços, prazer e nosso ombro na hora em que precisamos chorar.
Para manter uma relação legal, com união, é preciso saber deixar de fora dela os problemas de índole profissional ou econômica, é preciso tentar “separar” as situações, ou, em não conseguindo não fazer que os problemas de “fora” da relação influenciem negativamente nela. Todos nós temos o direito de ficarmos aborrecidos e com raiva, já disse Shakespeare, mas ninguém tem o direito de ser cruel com o outro. Ignorar, não falar, nem desabafar com quem se diz amar é uma forma lamentável de feri-lo.
O fundamental para se viver um amor, é, pois, ver nele o que ele é: Um recanto de paz, de harmonia, ver no nosso parceiro alguém em que podemos confiar, desabafar e apesar de tudo que ocorre fora de nosso recanto, ser amado e admirado e sentir-nos amados e contentes, ao menos porque conhecemos o que é o amor e o bem estar que ele pode gerar.
O fundamental da vida e das relações que nela entabulamos consiste em dar o que se deseja receber, de fazer o que se deseja seja feito para si, e de se manter dentro desta baliza. Ignorar o outro, não pedir perdão, não abraçar, não demonstrar sentimento, não acarinhar, não dizer nada que manifeste o sentimento é pedir para que o outro se decepcione, se frustre, se canse.
E caso ocorra frustração? E caso o amor termine? Há dor, sensação de perda, mas nenhum amor acaba quando, como uma planta for bem regado, ninguém tolera ou aceita perdoar facilmente o que lhe afetou a auto estima e o auto respeito, por isso do inicio ao fim de relacionamento precisamos cuidar do nosso coração e do de quem amamos, se assim agirmos, certamente não será necessário falar em “término”. Quando amamos alguém e resolvemos ter ela em nossa vida assumimos responsabilidade pelo seu coração também.
É fácil, mas tem gente que não sabe amar, tem gente que esquece do que falou ou fez, que busca razão em detalhes, que não admite nada, tem gente que mente que ama, tem gente, como diria o Renato Russo, que esta ao nosso lado, mas deveria “estar do lado de lá”, aqueles que machucam os outros, aqueles que não sabem amar. Todavia, um dia a gente vê, cai em exaustão, e, “fim”.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 08 de fevereiro de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.