Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 5 de março de 2009

Valores

Valores

Entre a alegria de viver e o dinheiro, eu fico com a alegria, porque paz de espírito e orgulho de viver e ser quem se é, não se compra, entre a beleza e a inteligência, eu fico com a inteligência, porque não se fazem plásticas, ajustes ou transplantes de cérebro, entre o sexo livre de compromissos e aquele feito entre cúmplices, eu fico com o que há sentimento, algo além do "fazer por fazer", entre a notória esperteza e a inocência eu fico com esta, sendo ela real ou concretizada no "disfarce".
Tem gente que é inteligente, esperta, mas prefere se fazer de tola para não transparecer, afinal, pessoas notoriamente ativas e de grande esperteza assustam. A questão é a real inocência que, via de regra, o homem de bom coração traz consigo, que faz com que acredite na bondade e probidade alheias quando inexistem, apenas porque julga os outros por si mesmo. Embora ele também mascare seu "que" de esperto quando pode.
Mas, que nada, o que vale é ter paz com a própria consciência, tranqüilidade por saber que agiu com intenções salutares, que mesmo errando com o outro ou consigo mesmo, o fez na crença de estar fazendo algo de bom, afinal o que realmente tem valor é o que sentimos, o que pensamos e não necessariamente como agimos.
Embora, quem vive e age prejudicando o outro, fazendo o mal por omissão ou ação, decepcionando e frustrando corações com consciência de que nada sente pelo outro, um dia irá sofrer se é que já não sofre na vida, sem sossego, porque uma pessoa realmente humana e com bom coração jamais conseguiria dormir tranqüilo sabendo que esta malbaratando os sentimentos de seu semelhante, por exemplo.
É por isso que a virtude, a honestidade, a pureza de coração, a sinceridade de sentimentos estão se tornando cada vez mais raros num mundo em que o homem se ilude que o dinheiro ou a beleza a tudo conquistam. Todos sabemos que o dinheiro nos proporciona excelentes confortos, todavia nem todos sabem que ter conforto sem ter paz, tranqüilidade de espírito e amor no coração não faz o homem feliz.
Ser feliz é, sem dúvida uma questão mais anímica do que financeira do contrário não teríamos tantos a tletas, atores e atrizes, modelos internacionais e cantores famosos e abastados, empresários, pessoas para as quais o dinheiro nunca foi "batalhado", envolvidos com drogas, alcoolismo e toda espécie de "confusão" que caracteriza personalidades frágeis e descontentes perante a vida. Ser contente com o que se é, com o que se tem, ter paz e tranqüilidade na consciência é certamente o melhor caminho para a gratidão cristã e alegria de viver que diferencia os felizes e os infelizes neste mundo.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 05 de março de 2009.

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