Casamento, desejo e atração.
Às vezes me pergunto se todas as pessoas se casam por amor, ou se constroem suas uniões apaixonadas pelo parceiro ou parceira. Não falo daquela paixão insana na qual o homem se esquece da própria individualidade, me refiro à paixão em seu desejo, atração, vontade de estar perto, beijar, abraçar e cuidar do outro.
Vejo casais que antes mesmo de se casarem já levam uma relação morna, com pouco desejo, pouca inspiração. Relacionamentos carentes de admiração entre as pessoas, em que o desejo físico e psíquico esta mais para morno do que para quente.
Cada pessoa, porém deve se sentir bem no relacionamento afetivo que estabelece, do contrário não existe razão para mantê-lo. Todavia, vivemos num mundo em que poucos são os que quiseram, puderam ou conseguiram gozar realmente suas vidas.
Poucos ousam, poucos ousaram. Poucos experimentam experiências com pessoas diferentes, poucos experimentaram. A maioria se casa “passado” ou “verde” demais, poucos casam maduros, vividos no “ponto” certo para efetivar escolhas das quais se orgulhem.
Poucos podem dizer para si mesmos e com orgulho “este foi o homem (ou a mulher) que eu escolhi”. Alguns escolheram o parceiro por falta de opção, muitos outros escolheram os seus por terem tido tantas opções e pouco êxito que optam por um alguém por medo de nunca encontrar “o alguém”.
De todas as realizações humanas a afetiva é a mais complexa. Felizes os que se amam, se desejam, se respeitam, se admiram e, novamente, se desejam. Não há porque casar com alguém sem que haja forte atração e afinidades sexuais além das psíquicas e afetivas.
Dizer o contrário é ser hipócrita: A gente casa para dormir junto todas as noites sendo homem e mulher que se atraem, do contrário é melhor dormir só e ter amigos para dialogar ou folhas de papel e caneta para criar monólogos. Sexo, desejo e atração não são tudo numa relação, mas uma relação não é nada sem eles.
Um casamento é feito de admiração entre dois, de diálogo, de respeito, confiança e cumplicidade, mas a alegria de um casal é desfrutada no enigmático silêncio de um “que” carnal e físico que se torna sublime, quase “espiritual”.
A vida a dois não tem muitos mistérios, seus pseudo-segredos são relatados em qualquer livro ou reportagem de revista, mas a felicidade intima surge de uma misteriosa e quente atração que nem todos os casais possuem, porque a maioria não conjuga o amor psíquico com a forte atração física que, sem duvida, torna qualquer relacionamento mais empolgante, alegre e, conseqüentemente, feliz.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 06 de agosto de 2009.
Às vezes me pergunto se todas as pessoas se casam por amor, ou se constroem suas uniões apaixonadas pelo parceiro ou parceira. Não falo daquela paixão insana na qual o homem se esquece da própria individualidade, me refiro à paixão em seu desejo, atração, vontade de estar perto, beijar, abraçar e cuidar do outro.
Vejo casais que antes mesmo de se casarem já levam uma relação morna, com pouco desejo, pouca inspiração. Relacionamentos carentes de admiração entre as pessoas, em que o desejo físico e psíquico esta mais para morno do que para quente.
Cada pessoa, porém deve se sentir bem no relacionamento afetivo que estabelece, do contrário não existe razão para mantê-lo. Todavia, vivemos num mundo em que poucos são os que quiseram, puderam ou conseguiram gozar realmente suas vidas.
Poucos ousam, poucos ousaram. Poucos experimentam experiências com pessoas diferentes, poucos experimentaram. A maioria se casa “passado” ou “verde” demais, poucos casam maduros, vividos no “ponto” certo para efetivar escolhas das quais se orgulhem.
Poucos podem dizer para si mesmos e com orgulho “este foi o homem (ou a mulher) que eu escolhi”. Alguns escolheram o parceiro por falta de opção, muitos outros escolheram os seus por terem tido tantas opções e pouco êxito que optam por um alguém por medo de nunca encontrar “o alguém”.
De todas as realizações humanas a afetiva é a mais complexa. Felizes os que se amam, se desejam, se respeitam, se admiram e, novamente, se desejam. Não há porque casar com alguém sem que haja forte atração e afinidades sexuais além das psíquicas e afetivas.
Dizer o contrário é ser hipócrita: A gente casa para dormir junto todas as noites sendo homem e mulher que se atraem, do contrário é melhor dormir só e ter amigos para dialogar ou folhas de papel e caneta para criar monólogos. Sexo, desejo e atração não são tudo numa relação, mas uma relação não é nada sem eles.
Um casamento é feito de admiração entre dois, de diálogo, de respeito, confiança e cumplicidade, mas a alegria de um casal é desfrutada no enigmático silêncio de um “que” carnal e físico que se torna sublime, quase “espiritual”.
A vida a dois não tem muitos mistérios, seus pseudo-segredos são relatados em qualquer livro ou reportagem de revista, mas a felicidade intima surge de uma misteriosa e quente atração que nem todos os casais possuem, porque a maioria não conjuga o amor psíquico com a forte atração física que, sem duvida, torna qualquer relacionamento mais empolgante, alegre e, conseqüentemente, feliz.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 06 de agosto de 2009.
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