Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 8 de agosto de 2009

Casamento, desejo e atração.

Casamento, desejo e atração.

Às vezes me pergunto se todas as pessoas se casam por amor, ou se constroem suas uniões apaixonadas pelo parceiro ou parceira. Não falo daquela paixão insana na qual o homem se esquece da própria individualidade, me refiro à paixão em seu desejo, atração, vontade de estar perto, beijar, abraçar e cuidar do outro.
Vejo casais que antes mesmo de se casarem já levam uma relação morna, com pouco desejo, pouca inspiração. Relacionamentos carentes de admiração entre as pessoas, em que o desejo físico e psíquico esta mais para morno do que para quente.
Cada pessoa, porém deve se sentir bem no relacionamento afetivo que estabelece, do contrário não existe razão para mantê-lo. Todavia, vivemos num mundo em que poucos são os que quiseram, puderam ou conseguiram gozar realmente suas vidas.
Poucos ousam, poucos ousaram. Poucos experimentam experiências com pessoas diferentes, poucos experimentaram. A maioria se casa “passado” ou “verde” demais, poucos casam maduros, vividos no “ponto” certo para efetivar escolhas das quais se orgulhem.
Poucos podem dizer para si mesmos e com orgulho “este foi o homem (ou a mulher) que eu escolhi”. Alguns escolheram o parceiro por falta de opção, muitos outros escolheram os seus por terem tido tantas opções e pouco êxito que optam por um alguém por medo de nunca encontrar “o alguém”.
De todas as realizações humanas a afetiva é a mais complexa. Felizes os que se amam, se desejam, se respeitam, se admiram e, novamente, se desejam. Não há porque casar com alguém sem que haja forte atração e afinidades sexuais além das psíquicas e afetivas.
Dizer o contrário é ser hipócrita: A gente casa para dormir junto todas as noites sendo homem e mulher que se atraem, do contrário é melhor dormir só e ter amigos para dialogar ou folhas de papel e caneta para criar monólogos. Sexo, desejo e atração não são tudo numa relação, mas uma relação não é nada sem eles.
Um casamento é feito de admiração entre dois, de diálogo, de respeito, confiança e cumplicidade, mas a alegria de um casal é desfrutada no enigmático silêncio de um “que” carnal e físico que se torna sublime, quase “espiritual”.
A vida a dois não tem muitos mistérios, seus pseudo-segredos são relatados em qualquer livro ou reportagem de revista, mas a felicidade intima surge de uma misteriosa e quente atração que nem todos os casais possuem, porque a maioria não conjuga o amor psíquico com a forte atração física que, sem duvida, torna qualquer relacionamento mais empolgante, alegre e, conseqüentemente, feliz.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 06 de agosto de 2009.

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