Cada um por si.
Lamento lhe dizer, mas o seu bem querer ou mesmo o seu “mais puro amor” não lhe faz dono daquilo que ama, então não queira fazer do agir alheio um exemplo do seu ideal por maior que seja a sua convicção de que são suas idéias e pensamentos os “corretos” a respeito da vida, inclusive da alheia.
Não pense que as pessoas se colocam onde elas não querem ou não conseguem suportar “estar”. Cada um sabe o que faz, porque faz e, principalmente, o que sente. Você pelo bem delas pode não querê-las “lá”, mas pela sua felicidade o individuo pode crer que “lá” é o “seu” lugar, até, claro, pelo seu livre arbitro mudar de idéia. Se lhe convier.
A sapiência e a razão às vezes precisam de exaustivas lutas para serem apreendidas, mas, quem lhe disse que um forte lutador chora de arrependimento pelas e nas batalhas em que quis entrar? Quem lhe disse que as mazelas do combate fazem infeliz quem optou por enfrentá-lo? Quem você pensa que é para achar desnecessário aquilo pelo qual o outro não apenas “precisa” passar, como quis passar?
Resigne-se caro ser humano: Zelar pela sua própria felicidade e bem estar é tarefa pessoal na qual nem mesmo você consegue lograr êxito sempre, mesmo fazendo por si mesmo, portanto ame, mas nunca creia querer tanto o “bem” de outrem a ponto de lhe fazer escravo de suas boas intenções e “sabedoria”.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 18 de setembro de 2010.
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