Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Você e alguém

Você e alguém 

 Você vive imerso em certezas. Você acha que não deve fazer isso, que aquilo nunca dá certo, que aquele outro é uma péssima ideia. Pois então chega alguém ou vem a vida e derruba as suas convicções. Chega aquela pessoa que faz todas as suas certezas se tornarem interrogações, que vira o seu mundo do avesso e faz você ver que a sua vida era uma reles existência mal vivida sem ela. 
É, parece mentira, mas isso acontece e você só percebe que a sua vida era um vazio cheio de convicções frágeis quando cruza com alguém cheio de amor para lhe dar. C´est l avie. 
Entretanto, a gente se deixa e se torna um pouquinho das pessoas com as quais nos envolvemos e deixamos para trás. Não adianta, é quase impossível fugir disso, porque o verbo é "envolver".
A gente aprende, a gente ensina e depois, segue adiante, não para, mas deixa um pouco da gente e leva um pouco do outro, todavia os sábios fazem disso algo para se tornarem pessoas melhores, os outros se fazem de vítimas ou não fazem nada. 
Tal qual Antoine De Saint-Exupery: “lembrando que há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim um recomeço”. E o outro é sempre melhor que antes, até mesmo o outro de nós mesmo no qual nos transformamos de tanto conviver com outros que não valeram a pena. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de dezembro de 2013.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Reclamantes

Reclamantes 

Eu tenho ojeriza a reclamações. Não suporto gente reclamando da vida perto de mim e olha que o saco da minha paciência, ao longo da minha vida, tornou-se grande e muito, muito maleável. 
Mas pessoas "reclamonas" não têm vez na minha vida, no meu dia, sabe por que? Por que na maioria das vezes as suas reclamações são vazias, elas não vêm acompanhadas de atitudes e isto me indigna. 
Se algo está ruim, pense, faça algo para mudar, ficar parado, reclamando não vai ajudar, pelo contrário, vai atrair ainda mais coisas ruins, porque você atrai o que você emana: negatividade atrai negatividade! 
Sempre foi assim e sempre será! Então, se o seu plano é chorar pitangas, reclamar da sua vida enquanto você continua fazendo as mesmas coisas todo o santo dia, sugiro, não se aproxime dos meus benditos ouvidos. 
Mude de atitude e ganhe o meu respeito, porque ficar inerte reclamando da vida enquanto nada se faz para que ela mude é assinar um atestado de insanidade mental e, meu amigo, lugar de loucos é em sanatório! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 16 de dezembro de 2013.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O tempo

O tempo 

Nada na vida se dá em vão. Tudo ocorre porque e quando tem que acontecer. A vida não pára para você buscar respostas para seus questionamentos, logo viva mais, se indague menos, tenha mais fé e confia, pois o arquiteto do Universo não falha e não comete equívocos. 
Se hoje você acha que algo está errado, espere o dia de amanhã, o atraso de agora pode ser o acidente evitado naquela que era a hora certa. Portanto, pense mil vezes mil antes de lastimar algo, apenas viva bem a vida como ela se apresenta, encare as mudanças de trajeto e seja feliz! 
 Logo, não acredite em tudo o que você ouve ou vê, nove em dez vezes a verdade está escondida naquilo em que não é dito e não é visto, mas desvelado com o decurso do tempo, pois este sim é o maior amigo da verdade, o verdadeiro senhor da razão. 
Quando você for dizer que alguma coisa "é" ou que você tem certeza de algo, pense que a vida muda, que o mundo gira e que a palavra de ordem é "estar", pois hoje você pensa de uma forma porque está de um jeito, mas amanha estará de outro pensando de outra maneira. Pense nisso. 
 Diante dos efeitos do tempo pra que se martirizar? Pra que sofrer? Pra que dar atenção a coisas pequenas e a mediocridades se a vida oferece um mar de oportunidades todos os dias? Sofrer? Uma questão de opção! Ser feliz? Uma decisão! 
Ademais, lembranças e coisas precisam ser selecionadas: não são todas que você precisa guardar, do contrário elas se tornam "tralhas" e tralhas são desnecessárias. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 12 de dezembro de 2013.

As voltas da vida II

As voltas da vida II 

 Algo estranho esta ocorrendo comigo. Eu tento, eu busco, eu digito, eu deleto, eu penso e as palavras me fogem, as ideias se embaraçam. Mas, ora, justo eu? Eu não sou o tipo de mulher que fica sem palavras. Mas eu estou. O Renato Russo que me perdoe, mas não sou um animal sentimental apenas, sou um animal que se vicia em tudo que lhe cativa, seduz, encanta ou satisfaz. 
Eu não sou o tipo de mulher que se embaraça. Mas eu estou embaraçada. Muito embaraçada. Embaraçadíssima. É, meu caro amigo, a vida dá voltas e pobre coitado aquele que duvida das voltas que a vida dá! 
O fato é que não basta ser lindo, não basta ser afável, não basta ser simpático, não basta ser amável, não basta ser nada se não combina com você, pelo contrário será perfeito se combinar. Só por Deus! 
Não é preciso de muito para ser feliz: basta uma consciência tranquila, paz de espírito e contentamento com aquilo que se tem e com quem se é. A felicidade ocorre quando você para de procurar por ela fora de si e a encontra dentro de seu coração.  
E como é bom encontrar o sol dentro de si depois de passar por algumas tempestades! A sensação de que tudo valeu a pena é imensuravelmente boa e ela pode ser despertada por outra pessoa. Sim, a sensação de estar apaixonado! 
De repente os seus sentimentos e você mesmo deixa de ser o foco da sua existência outro ser passa a ter toda a importância do seu mundo e, assim, quando a sua atenção se torna para outra pessoa, você se sente pleno e descobre que pode ser completamente feliz. 
 Do nada surge um dia ensolarado no amago do seu ser, basta um olhar, algumas palavras, um sorriso, a troca de alguns pensamentos para a sua vida ganhar vida! E o seu mundo ter outro sentido. É, são grandes e belas as voltas que a vida dá! 
 Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 12 de dezembro de 2013.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Nova

Nova 

 A vida nos modifica, mas, sobretudo, a gente muda quando nos descobrimos, quando nossas experiências caem sobre nós e deixam lições indeléveis em nossa alma.  
A gente se modifica quando para de reclamar e começa a aprender. Eis que chega dezembro, o ultimo mês de um ano de profundas mudanças na minha vida material e psíquica. 
Ano em que eu fui atrás de mudanças, ano em que mudei de cidade, de Estado e de vida, ano em que, principalmente eu mudei. Mudei meus anseios, minhas metas, meu jeito de ser e de viver. 
As minhas experiências de vida, de uma hora para outra, tornaram-se sabedoria, tornaram-se serenidade, embora, sei muito bem, falte muito para eu me tornar uma pessoa sabia, mas sou, hoje, muito melhor do que fui ontem. 
Mas ainda assim não agrado a todos. Nem quero, benzadeus! Então as pessoas me perguntam por que e como eu estou tão serena, tão calma, tão em paz, e eu respondo que é a maturidade. 
O fato é que eu deixei de me importar com o que não me faz bem, deixei de dar importância para a opinião de pessoas toscas que só enxergam o próprio umbigo e comecei a entender que o que passou teve um motivo para ter ficado no meu passado e não estar mais no meu presente. 
 Então eu percebo a perfeição latente da vida e vejo que não existe outra forma de viver que não seja com pacificidade, calma e amor. É engraçado ver as pessoas e suas conjeturas a respeito da nova Cláudia: “como você esta calma, serena, está tomando algum remédio?”, “você não é assim, eu lhe conheço”, “você esta com a tireoide desregulada”. 
Enfim, as pessoas chegam a pensar que me conhecem mais do que eu a mim mesma! Mas não conhecem se conhecessem saberiam, ao menos, os maus bocados que passei para encontrar a paz e a tranquilidade que hoje resplandecem em meu ser. 
Todavia, não me importo com os julgamentos alheios, eu sou quem sou hoje porque aprendi a me conhecer, porque sei quais são as minhas fraquezas, as minhas virtudes e, principalmente, quem merece o bem querer da nova pessoa que eu me tornei e quem merece uma risadinha amarela e o meu desprezo. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo/RS, 1º de dezembro de 2013

Merecidas

Merecidas 

Paz, tranquilidade de espirito e felicidade devem ser merecidas. Pessoas atormentadas não sofrem em vão por mais que elas tentem fazer-se de vitimas. No fim das contas a vida mostra quem tem razão. 
A justiça pode falhar, os juízes podem falhar, as pessoas podem se fazer passar por “coitadas” e enganar seus conhecidos ou amigos, mas dificilmente uma pessoa enganará a si mesma. 
E é lá, dentro dela, que a justiça divina se faz, então a pessoa que sofre atormentada, direciona a raiva de si mesmo contra alguém e, nutrindo este sentimento, ingere seu próprio veneno na esperança de matar ao outro. 
Quando você ver uma pessoa revoltada, um individuo que sente muita raiva de alguém, pare e analise, provavelmente esta pessoa trás consigo alguma culpa mal direcionada. 
 Pessoas amargas e atormentadas não são inocentes, elas só fazem de conta que são. No fundo elas têm dentro de si um mar de razoes para serem como são, não a toa a revolta predomina em sua alma. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 1º de dezembro de 2013.

Fingidos

Fingidos 

As pessoas fazem tanta questão de usar máscaras, de fazer-se de fortes, de imponentes, de autossuficientes e bem resolvidas que, a tal tipo de gente eu já não dou mais a minha atenção, o meu carinho, o meu afeto, a minha vontade de ajudar, de auxiliar. 
 Se estão tão bem sem mim, então continuarão bem. Se estão felizes, se realizaram-se? Continuarão assim! A vida ensina a gente a dar atenção a quem é humilde e a quem sabe reconhecer que, de uma forma ou outra, sente necessidade da existência e do afeto da gente. 
 Se as pessoas tentam fazer-se de emocionalmente independentes para "abalarem", elas conseguem, me abalam tanto que eu desisto, definitivamente, delas. Elas fingem que estão por cima e eu finjo que acredito, esta é a verdade. 
Não nutro mais carinho ou consideração por gente ingrata ou que se faz de vitima dos atos alheios, não mereço ouvir gente culpada se fazendo de inocente, a vida é muito curta para usarmos o pouco de nosso tempo ouvindo asneiras. 
Não tenho mais vontade de ajudar quem não se ajuda, não tenho mais vontade de estender a mão a quem se faz de independente e “de bem com a vida”, de feliz e realizado. Eu finjo que acredito na sua “realização” e fica tudo bem. Simples assim. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 1º de dezembro de 2013.