Fingidos
As pessoas fazem tanta questão de usar máscaras, de fazer-se de fortes, de imponentes, de autossuficientes e bem resolvidas que, a tal tipo de gente eu já não dou mais a minha atenção, o meu carinho, o meu afeto, a minha vontade de ajudar, de auxiliar.
Se estão tão bem sem mim, então continuarão bem. Se estão felizes, se realizaram-se? Continuarão assim! A vida ensina a gente a dar atenção a quem é humilde e a quem sabe reconhecer que, de uma forma ou outra, sente necessidade da existência e do afeto da gente.
Se as pessoas tentam fazer-se de emocionalmente independentes para "abalarem", elas conseguem, me abalam tanto que eu desisto, definitivamente, delas. Elas fingem que estão por cima e eu finjo que acredito, esta é a verdade.
Não nutro mais carinho ou consideração por gente ingrata ou que se faz de vitima dos atos alheios, não mereço ouvir gente culpada se fazendo de inocente, a vida é muito curta para usarmos o pouco de nosso tempo ouvindo asneiras.
Não tenho mais vontade de ajudar quem não se ajuda, não tenho mais vontade de estender a mão a quem se faz de independente e “de bem com a vida”, de feliz e realizado. Eu finjo que acredito na sua “realização” e fica tudo bem. Simples assim.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 1º de dezembro de 2013.
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