Administrando o humor.
Sabe aqueles dias em que você acorda desanimado, cansado, dias em que a menor contrariedade surte um efeito psíquico bélico? Esses são dias em que nosso humor varia do ruim ao péssimo e é normalmente durante o seu curso que nos tornamos farpas ambulantes ferindo aqueles que convivem conosco, quer lhes cutuquemos com palavras, quer lhes desrespeitando de outra forma, muitas vezes sem querer e sem perceber que pequenos arranhões às vezes ardem mais do que grandes cortes.
Quando estamos mal humorados desenvolvemos também a "síndrome de Rei": Achamos que o mundo tem que entender porque estamos reclamando das coisas, que o mundo tem que compreender nosso nervosismo e, enfim, que todos devem se calar diante de nossa chatice. Sim, porque não existe adjetivo melhor para um mal humorado do que o de chato.
Em dias de mau humor, dos quais ninguém esta livre ter e se tornar um "chato momentâneo", nada esta bom, tudo o que merece valor é ignorado: O dia bonito, o afeto da mãe, a preocupação do pai, a boa vontade do esposo, a dedicação do empregado, são dias em que, certamente qualquer pessoa preferiria se trancar num quarto com quatro cães e receber o afeto dos bichos do que conviver com quem expande para o mundo o seu "azedume", inclusive através de patadas.
"Azedume" era como minha tia se referia ao meu humor quando estava sem dormir e ficava mal humoradinha na infância, ficava azeda, “reclamona”, grosseira, como são todos os mal humorados que acabam azedando a doce vida de quem lhes cerca. Mas, nada como um dia após o outro para aprendermos que não adianta nos deixarmos abater pelo humor ruim. Gritarmos, reclamarmos de tudo e de todos, de nada adianta vez que a vida não vai se adequar à nossas expectativas, os problemas, que prefiro chamar de desafios, não irão se resolver, pelo contrário, quanto menos humor tivermos menos alegrias iremos atrair para nossa existência. Aliás, se reclamar adiantasse bastaria que nos sentássemos num sofá confortável e começássemos a contar nossas mazelas, porém se formos num hospital, num bairro pobre, perceberemos que os mais necessitados são, muitas vezes, mais equilibrados que nós: Pouco reclamam, poucos maldizem aos Deuses de suas crenças e sorriem muitas vezes mais do que aqueles que são abastados de dinheiro e saúde e pobres de alma e saúde espiritual.
Se quando criança tive dias de "azedume" aprendi que o sorriso faz milagres, que ter fé eleva nosso ânimo e que ser contente com o que somos e com o que escolhemos para nós - por mais difícil que às vezes possa nos parecer, - nos torna alegres e imunes ao mau humor. Quando a gente fecha a cara pra vida ela e todos que nos cercam fecharão as suas para nós, mas quando a gente sorri o universo passa a conspirar a nosso favor e, assim, cativamos quem nos cerca e, principalmente, nos tornamos admiráveis pela boa energia que transmitimos e não pela nossa chatice contumaz.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 14 de novembro de 2009.
Sabe aqueles dias em que você acorda desanimado, cansado, dias em que a menor contrariedade surte um efeito psíquico bélico? Esses são dias em que nosso humor varia do ruim ao péssimo e é normalmente durante o seu curso que nos tornamos farpas ambulantes ferindo aqueles que convivem conosco, quer lhes cutuquemos com palavras, quer lhes desrespeitando de outra forma, muitas vezes sem querer e sem perceber que pequenos arranhões às vezes ardem mais do que grandes cortes.
Quando estamos mal humorados desenvolvemos também a "síndrome de Rei": Achamos que o mundo tem que entender porque estamos reclamando das coisas, que o mundo tem que compreender nosso nervosismo e, enfim, que todos devem se calar diante de nossa chatice. Sim, porque não existe adjetivo melhor para um mal humorado do que o de chato.
Em dias de mau humor, dos quais ninguém esta livre ter e se tornar um "chato momentâneo", nada esta bom, tudo o que merece valor é ignorado: O dia bonito, o afeto da mãe, a preocupação do pai, a boa vontade do esposo, a dedicação do empregado, são dias em que, certamente qualquer pessoa preferiria se trancar num quarto com quatro cães e receber o afeto dos bichos do que conviver com quem expande para o mundo o seu "azedume", inclusive através de patadas.
"Azedume" era como minha tia se referia ao meu humor quando estava sem dormir e ficava mal humoradinha na infância, ficava azeda, “reclamona”, grosseira, como são todos os mal humorados que acabam azedando a doce vida de quem lhes cerca. Mas, nada como um dia após o outro para aprendermos que não adianta nos deixarmos abater pelo humor ruim. Gritarmos, reclamarmos de tudo e de todos, de nada adianta vez que a vida não vai se adequar à nossas expectativas, os problemas, que prefiro chamar de desafios, não irão se resolver, pelo contrário, quanto menos humor tivermos menos alegrias iremos atrair para nossa existência. Aliás, se reclamar adiantasse bastaria que nos sentássemos num sofá confortável e começássemos a contar nossas mazelas, porém se formos num hospital, num bairro pobre, perceberemos que os mais necessitados são, muitas vezes, mais equilibrados que nós: Pouco reclamam, poucos maldizem aos Deuses de suas crenças e sorriem muitas vezes mais do que aqueles que são abastados de dinheiro e saúde e pobres de alma e saúde espiritual.
Se quando criança tive dias de "azedume" aprendi que o sorriso faz milagres, que ter fé eleva nosso ânimo e que ser contente com o que somos e com o que escolhemos para nós - por mais difícil que às vezes possa nos parecer, - nos torna alegres e imunes ao mau humor. Quando a gente fecha a cara pra vida ela e todos que nos cercam fecharão as suas para nós, mas quando a gente sorri o universo passa a conspirar a nosso favor e, assim, cativamos quem nos cerca e, principalmente, nos tornamos admiráveis pela boa energia que transmitimos e não pela nossa chatice contumaz.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 14 de novembro de 2009.
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