Quem estimamos e suas escolhas.
É uma mania imatura a de se importar com o que os outros pensam de nós e é uma mania estúpida e ignorante a de sonhar em nome do outro, a de desejar benesses na vida de quem não nos pertence ainda que tenhamos a dádiva de chama-los, por exemplo, de filhos. Podemos ser pais amáveis, adoráveis, mas de nada adianta ansiarmos que nossos filhos sejam os melhores em tudo, que casem com a moça mais linda e rica, que tenham o marido mais afetuoso e preocupado: As escolhas serão sempre deles e desde que sejam felizes sempre serão as suas "escolhas corretas".
A maturidade ensina que não podemos querer ser a sobrinha preferida, a nora estimada, o genro adorado, o filho admirado. Não porque não tenhamos atributos para tanto, mas porque o que consideramos virtuoso pode não ser o mesmo que aquele que nos julga considera, logo fica óbvio que o desejo de ser querido por todos é um anseio demasiado infantil.
Somos o que somos, com nossas virtudes e defeitos e, sem dúvida alguma devemos esperar amor e admiração apenas daquele com os quais venhamos, por exemplo, a nos casar porque tanto ele quanto nós tivemos oportunidades de escolha. Devemos casar conhecendo as virtudes e as fraquezas do outro nos mais variados aspectos (psíquicos, afetivos, financeiros), devemos nos unir com alguém quando estamos com os pés na realidade sem esperar um príncipe encantado ou atitudes eternamente "adequadas" aos nossos ideais apaixonados, pois, do contrário é frustração na certa. O amor verdadeiro é aquele que se exerce com liberdade, tanto no respeito ao espaço do outro como a sua forma de ser e à seus sonhos.
Da mesma forma acontece com nossos amigos, afinal nenhum relacionamento nasce por acaso, mas não é por acaso que eles permanecem: Nós escolhemos aqueles à quem atribuímos o adjetivo de "queridos" e de "companheiros", todavia se idealizarmos pessoas perfeitas e de acordo com nossos desejos íntimos certamente seremos individuos solitários: Ninguém se enquadra perfeitamente nos sonhos de ninguém, as pessoas são o que são, basta que tenhamos amor para lhes dar e respeito para aceita-las.
O que vale na vida é a premissa da liberdade e do amor: Todos são livres para viver da forma que desejam, para serem como são e agirem como querem, bem como para saberem e escolherem o que julgam ser melhor para si. Se temos amor no coração iremos expandir este sentimento através da sua maior forma de manifestação que é o respeito. Devemos ser livres em nossos sonhos sem ter a audácia de sonhar e ansiar pelo outro o que só à ele é permitido aspirar e realizar, devemos amar com liberdade e respeito entendendo que nada nem ninguém irá se adequar à nossos ideais, enfim, ou aceitamos o outro e a nós mesmos ou seremos eternos infelizes em busca da perfeição inexistente no mundo, eternos, pois seres descontentes na vida.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 09 de novembro de 2009.
É uma mania imatura a de se importar com o que os outros pensam de nós e é uma mania estúpida e ignorante a de sonhar em nome do outro, a de desejar benesses na vida de quem não nos pertence ainda que tenhamos a dádiva de chama-los, por exemplo, de filhos. Podemos ser pais amáveis, adoráveis, mas de nada adianta ansiarmos que nossos filhos sejam os melhores em tudo, que casem com a moça mais linda e rica, que tenham o marido mais afetuoso e preocupado: As escolhas serão sempre deles e desde que sejam felizes sempre serão as suas "escolhas corretas".
A maturidade ensina que não podemos querer ser a sobrinha preferida, a nora estimada, o genro adorado, o filho admirado. Não porque não tenhamos atributos para tanto, mas porque o que consideramos virtuoso pode não ser o mesmo que aquele que nos julga considera, logo fica óbvio que o desejo de ser querido por todos é um anseio demasiado infantil.
Somos o que somos, com nossas virtudes e defeitos e, sem dúvida alguma devemos esperar amor e admiração apenas daquele com os quais venhamos, por exemplo, a nos casar porque tanto ele quanto nós tivemos oportunidades de escolha. Devemos casar conhecendo as virtudes e as fraquezas do outro nos mais variados aspectos (psíquicos, afetivos, financeiros), devemos nos unir com alguém quando estamos com os pés na realidade sem esperar um príncipe encantado ou atitudes eternamente "adequadas" aos nossos ideais apaixonados, pois, do contrário é frustração na certa. O amor verdadeiro é aquele que se exerce com liberdade, tanto no respeito ao espaço do outro como a sua forma de ser e à seus sonhos.
Da mesma forma acontece com nossos amigos, afinal nenhum relacionamento nasce por acaso, mas não é por acaso que eles permanecem: Nós escolhemos aqueles à quem atribuímos o adjetivo de "queridos" e de "companheiros", todavia se idealizarmos pessoas perfeitas e de acordo com nossos desejos íntimos certamente seremos individuos solitários: Ninguém se enquadra perfeitamente nos sonhos de ninguém, as pessoas são o que são, basta que tenhamos amor para lhes dar e respeito para aceita-las.
O que vale na vida é a premissa da liberdade e do amor: Todos são livres para viver da forma que desejam, para serem como são e agirem como querem, bem como para saberem e escolherem o que julgam ser melhor para si. Se temos amor no coração iremos expandir este sentimento através da sua maior forma de manifestação que é o respeito. Devemos ser livres em nossos sonhos sem ter a audácia de sonhar e ansiar pelo outro o que só à ele é permitido aspirar e realizar, devemos amar com liberdade e respeito entendendo que nada nem ninguém irá se adequar à nossos ideais, enfim, ou aceitamos o outro e a nós mesmos ou seremos eternos infelizes em busca da perfeição inexistente no mundo, eternos, pois seres descontentes na vida.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 09 de novembro de 2009.
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