Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As manipuladoras e o casamento.


As manipuladoras e o casamento.

Voltei à fase de leitora contumaz apesar de conviver 24 horas por dia com meu marido, nos momentos de folga (quando estou na bicicleta ergométrica, sozinha na banheira, ou quando ele viaja) puxo um livrinho para me fazer companhia.
Adquiri várias obras do Osho, e outras mais complexas, todavia uma aquisição da qual não me arrependo de ter feito é o livro “Porque os homens se casam com as manipuladoras”, não porque tenha gostado do que li, mas pela imensa carga de asneiras que a autora trás em seu pseudo manual que se resume em: “Arranje um marido se fazendo”.
Segundo ela as mulheres têm em mente unicamente casar e ter filhos e demonstram isso para os homens, assustando-lhes, obviamente. Então ela resolveu escrever uma obra afirmando que os homens gostam daquelas que lhes manipulam, das que demonstram distância quando querem aproximação, das que dizem não quando querem dizer sim, porque, segundo ela as mulheres devem ser misteriosas para seus pretendentes. (Se essa tese fosse verídica nenhum casamento duraria mais do que 12 meses).
Trata-se de uma espécie de livro de auto-ajuda para casamenteiras desesperadas que afirma que apenas as mulheres que conseguem manter a razão acima da emoção conseguem se casar. Transar num primeiro encontro? Jamais. Enfim, uma série de argumentos que caem por terra quando duas pessoas realmente se apaixonam e são maduras para assumir um relacionamento sério.
Não é preciso maltratar um homem para tê-lo aos seus pés. Na verdade não é preciso conter seus instintos e desejos para fazer um homem se apaixonar pela “manipuladora” que você não é. Aliás, que homem, ou melhor, que pessoa não gosta de um ser independente, dono de si mesmo, meigo e espontâneo? Quem gostaria de se unir a um ser robótico que “armou” circunstâncias para lhe cativar? Todavia, não deixo de recomendar o livro, porque também é preciso ler tolices para se construir boas idéias.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 08 de dezembro de 2009.

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