Maturidade
A cada aniversário que se aproxima, a cada ano que passa chego a convicção de que, o que sempre me faltou, foi o que eu achava que tinha e, por achar que possuía, fui displicente e me enredei na teia de minha própria ignorância arrogante, maturidade: dela eu carecia, nela eu confiava. Os filhos únicos, e todos que desde crianças são exigidos em demasia pelos pais, são cobrados demais e educados em meio a maioria de indivíduos adultos, tendem a crer que amadurecem mais cedo, talvez eles se tornem mais “sérios”, mas maturidade, real e verdadeira, não são todos que possuem, a maioria se ilude que tem. É com o sofrimento, é no dia a dia, é nas pequenas e nas grandes decepções emocionais, com amigos, conhecidos, amores, em relações profundas ou apenas superficiais que angariamos fundos para os cofres de nossa maturidade, esta sim, verdadeira e real, porque experimentada, vivida, e não ilusória, nem fruto de mente que parece crer que ela se transmite por “osmose”. Ademais, maturidade se relaciona com sabedoria, e o homem nunca é sábio demais, aquele que crê ter atingido alto grau de sabedoria, é porque precisa rever todos seus conceitos e recomeçar a aprender, porque seu aprendizado de nada serviu. Ninguém, nunca, sabe o suficiente sobre assunto algum, logo, nenhum homem será suficientemente maduro para se convencer de tal fato.
Cáudia de Marchi
Passo Fundo, 07 de abril de 2011.
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