Do amor à revolta.
O ser humano sofre mais quando se frustra ou decepciona com quem mais ama. O abalo psicológico da frustração que se tem por quem nos criou, com nossos pais, enfim, ou com quem escolhemos para chamar de "amor" é mais doída, mais difícil de superar do que com a que podemos ter com qualquer pessoa neste mundo.
A sensação de traição, de rompimento de expectativas, a dor por ofensas objetivas ou subjetivamente feitas, a dor no coração pelo fato do outro ter "quebrado" em nós o que dele esperávamos por ama-lo é pior e mais traumatizante do que qualquer mágoa que quem não amamos possa nos causar.
Assim, como é fato que quando amamos gostamos da presença, de poder sentir e dar amor ao outro, quando gostamos apenas, a ausência não dói, a falta não machuca, não é problema. Mas e quando quem amamos nos fere, nos frustra, não demonstra ou deixa de demonstrar afeto, quando quem amamos some e deixa um lar vazio sem mostrar valorizar a ninguém?
A tristeza é maior, a raiva também tende se tornar grande, surge revolta, medos, desconfiança porque o mesmo ódio que nos maltrata sai da fonte que nos fazia alegres e contentes. E quanto mais amamos, mais seremos capazes de sentir sentimentos baixos (mas humanos) como o ódio a ira e a revolta.
Todavia, o tempo é senhor da razão e coloca as coisas no seu devido lugar, pode trazer ou não o perdão, pode fomentar o desprendimento e fazer-nos ignorar a existência de quem outrora era sumamente necessário em nossa vida. Só um dia depois do outro, o aprendizado e a maturidade podem fazer-nos mudar de posição, ou não.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 21 de janeiro de 2009.
P.S.: Em homenagem (especificando) à meu pai.
O ser humano sofre mais quando se frustra ou decepciona com quem mais ama. O abalo psicológico da frustração que se tem por quem nos criou, com nossos pais, enfim, ou com quem escolhemos para chamar de "amor" é mais doída, mais difícil de superar do que com a que podemos ter com qualquer pessoa neste mundo.
A sensação de traição, de rompimento de expectativas, a dor por ofensas objetivas ou subjetivamente feitas, a dor no coração pelo fato do outro ter "quebrado" em nós o que dele esperávamos por ama-lo é pior e mais traumatizante do que qualquer mágoa que quem não amamos possa nos causar.
Assim, como é fato que quando amamos gostamos da presença, de poder sentir e dar amor ao outro, quando gostamos apenas, a ausência não dói, a falta não machuca, não é problema. Mas e quando quem amamos nos fere, nos frustra, não demonstra ou deixa de demonstrar afeto, quando quem amamos some e deixa um lar vazio sem mostrar valorizar a ninguém?
A tristeza é maior, a raiva também tende se tornar grande, surge revolta, medos, desconfiança porque o mesmo ódio que nos maltrata sai da fonte que nos fazia alegres e contentes. E quanto mais amamos, mais seremos capazes de sentir sentimentos baixos (mas humanos) como o ódio a ira e a revolta.
Todavia, o tempo é senhor da razão e coloca as coisas no seu devido lugar, pode trazer ou não o perdão, pode fomentar o desprendimento e fazer-nos ignorar a existência de quem outrora era sumamente necessário em nossa vida. Só um dia depois do outro, o aprendizado e a maturidade podem fazer-nos mudar de posição, ou não.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 21 de janeiro de 2009.
P.S.: Em homenagem (especificando) à meu pai.
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