A comicidade do orgulho.
Poucas atitudes são tão irremediavelmente feias como as que as pessoas orgulhosas tomam quando erram. Não admitem que erram, o que é lamentável porque quem não assume que erra não aprende, e claro, não evolui na vida.
Outro dia uma pessoa que conheço bateu o carro de outra na traseira de um infeliz enquanto ele passava calmamente por um quebra molas. O individuo que causou o acidente afirmou que o culpado era o infeliz que estava no carro que ele bateu porque estava “praticamente parado”.
Não preciso esclarecer que a pessoa culpada, atrapalhada e distraída é a que bate na traseira, independente do que esta ocorrendo no carro da frente, independente deste estar parado, andando devagar, de ré ou como seu motorista quiser. Pois bem, a “cabeça dura” do rapaz que não assume sua culpa demonstra uma dose avantajada de orgulho.
O orgulho de todos os defeitos é o mais tragicômico: Gera prejuízos enormes para quem tem, ao mesmo tempo em que boa parte de seus atos, de tão ridículos, beiram a comicidade. Afinal de contas é preciso rir para não chorar, e também é preferível rir de piedade a esbravejar.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 20 de outubro de 2010.
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