A tergiversação dos mestres.
O grande problema dos oradores que pretendem ensinar algo é a tergiversação. A platéia pode gostar de professores bem humorados, mas humor demais leva a dispersão, inclusive do mestre em relação ao tema que deve abordar e, enfim, ensinar.
Não importa quanto conhecimento tem uma pessoa se ela não consegue ou não sabe ser didática. As pessoas crescem, amadurecem, saem do aprendizado das letras do alfabeto para outros muito mais complexos, todavia o bom e velho didatismo é e sempre será a única e melhor forma de passar conhecimento, e neste quesito um professor de pré-escola pode ser muito melhor do que um doutor ou pós-doutor.
Falar o necessário, ter a dose de humor leve e imprimir descontração parca é fundamental. Exagerar no humor e na conversa “entre assuntos” relevantes é prescindível e pode tornar o palestrante enfadonho e irritante.
Se a intenção é ensinar não se pode perder o foco da matéria a ser ensinada. Não é preciso 4 horas de palestra quando se pode passar o conteúdo com boa explanação em uma. É preciso deixar de dar valor a longa duração das aulas e falas e sim a síntese inteligente de palavras e tempo, afinal ninguém quer ou pode desperdiçar o seu ouvindo o que não necessita.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 14 de outubro de 2010.
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