Tylenol
Eu sou uma pessoa alegre, pra ser sincera sou a pessoa mais bem humorada que conheci na vida (e olha que conheço várias!) , acordo e durmo sorrindo e quase nada me deixa azeda, mas algumas coisas me irritam muito, todavia detesto ficar brava e quieta.
Detesto ter que falar o que não penso, detesto ter que me controlar quando me sinto plenamente descontrolada, detesto ouvir mentiras e fingir que acredito nelas por piedade ou educação, detesto controlar o lobo dentro de mim quando ele quer avançar em alguém que o provoca. Quando o contenho é a minha alma que ele mastiga.
Detesto ter que manter a linha quando meus nervos estão plenamente desalinhados. O que me tira do eixo? Ingratidão, mentiras, orgulho e gente chata. Gente que fala o que e quando não deve, gente que não percebe que esta incomodando o interlocutor, gente que erra, não assume e fala mal de quem nada deve.
Na verdade eu tenho um poço profundo de paciência, pois não é apenas um fato que me irrita, mas o acumulo deles, a reincidência aniquila com minha calma interior e ficar quieta quando não quero me destrói. Preciso aprender a lidar com isso, embora ache que pedalar rápido resolve, mas daí logo minha discopatia degenerativa grita e a dor me exaure. É, na verdade aturar o que não quero faz mal para mim, o problema é que a vida não e nunca vai ser como eu desejo, então bendito seja o Tylenol!
Cláudia de Marchi
Wonderland, 20 de outubro de 2010.
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