Diferente
E um dia eu disse a alguém: "Eu nunca vou amar alguém como o amei" e esta pessoa disse: "Nunca, mas vai amar. De forma diferente e diferente também vale". Então eu vivo a espera do diferente. Longa espera. Cansativa espera.
Quando se trata de amor não é fácil o tal “encontro”. Mente ou é demasiado leviano quem "ama" demais na vida, quem sai de um amor e entra em outro. Amores verdadeiros são raros, eu vivi um. Há anos atrás. O resto foram paixões ou paixonites ilusórias que começaram e terminaram de forma fulminante com decepções pequenas ou homéricas.
Mas a vida segue e nessa sua doce cadencia a esperança vive e quando ela fraqueja restam doces lembranças. Se Raul Seixas dizia que “ninguém neste mundo é feliz tendo amado uma vez”, eu digo que ninguém neste mundo é feliz sem ter amado uma vez.
É claro que o amor deixa na alma da gente uma marca que não tínhamos antes de sofrermos por ele, mas ele também nos deixa uma doçura que desconhecíamos antes de conhecê-lo.
Só quem já amou compreende quem ama e as dores do amor e, benzadeus! Como as pessoas sofrem por amor nesta vida! Portanto, por que não dizer: só quem já amou tem mais empatia com os amantes.
Nunca tudo estará perdido, assim como nunca tudo estará ganho. Você perde um amor, ganha a esperança de amar novamente, de amar diferente, entedia-se na espera de um novo amor, mas consola-se com boas lembranças se acaso o novo não encontrar. Triste mesmo é nunca ter amado e não ter do que recordar.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 08 de novembro de 2013.
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