Da
bela, recatada e do lar à frustradas com ódio das feministas.
Tem
reportagem circulando na internet falando que as mulheres feministas e de
valores deturpados “odeiam” a Marcela Temer, por ela ser “bela, recatada e do
lar”. Santa imbecilidade! Eu não odeio a Marcela, nem conheço a coitada! Nem
sequer o marido dela, por quem não nutro nenhuma simpatia, eu odeio.
Pessoalmente,
eu não odeio ninguém que não tenha me feito diretamente algum mal e, se fizer,
o máximo que vou fazer é dar uma boa resposta e quiçá fazer uma vingancinha,
mas jamais me permitirei ter um sentimento ruim dentro de mim. Um
sentimento que só irá prejudicar a mim mesma e fazer mal para minha linda e
sedosa pele, enfim.
O
que eu tenho asco é da imprensa machista de direita que, em pleno 2016, erige a
grau de “modelo” de felicidade feminina e de retidão moral a cidadã que está em
casa, por trás do grande homem. Quiçá suportando chifres, desrespeito e
menosprezo, quiçá omitindo o seu pensar, as suas ideias, os seus valores.
Quiçá
falando mal de todas as mulheres de espirito de alma livres que são tudo o que
elas não têm coragem de ser, quiçá abafada pelo marido “perfeito” segundo a
Veja, afinal, a negritude dos relacionamentos nunca são ou serão expostos.
Fico
boquiaberta que, numa reportagem que fala do “ódio” das feministas à Marcela
(justo nós feministas que cagamos e andamos para conceitos retrógrados, cafonas
e imbecis de felicidade feminina), vem taxar-nos de “vadias”. A reportagem que
atribui a feministas que, pura e simplesmente, fizeram uma inocente campanha
mostrando ao mundo que as mulheres podem ser felizes desbocadamente no bar e
não no lar, chama mulheres desconhecidas de “vadias”.
É
gente, é a extrema direita feminina propagando o machismo e, aí sim, o ódio
entre as mulheres. Tudo o que nós feministas odiamos! Verifique na internet,
nenhuma campanha feminista ofende a moral da Marcela, da mulher bonita e
elegante Marcela Temer, mas daí vem uma mocinha que se sentiu ofendida, porque,
no fundo é uma frustrada recatada e do lar, e chama as feministas de vadias!
Caraca queridinha! Quem sabe você procura um terapeuta? Um sexólogo? Vai gozar
e deixa de ser frustrada. Acho digno.
Cláudia
de Marchi
Brasília/DF,
21 de abril de 2016.
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