Sobre
mudanças. Sobre a vida adulta.
Faltam
mudanças no mundo, no Brasil, na política. Faltam mudanças no seu currículo,
falta melhorar e aprimorar o conteúdo do seu lattes, faltam mudanças na sua
vida amorosa, no seu casamento ou namoro. Faltam mudanças na cultura da sua
família e na sua própria.
Faltam
mudanças na empresa que você possui ou naquela em que trabalha, faltam mudanças
na escola ou na universidade em que você estuda! Sim, faltam mudanças, mas
também falta coragem para mudar, agir e reclamar idoneamente!
"Mimimi" ou fofoquinha em grupo de WhatsApp, corredores de
instituições ou indiretas em facebook não resolvem porcaria nenhuma pra você!
Enfim,
não mudam nada, só mostram que além de acovardado, você não tem vergonha na
cara, porque reclama do que permite! Porque reclama do que não tenta mudar. Porque
reclama e continua comendo a mesma comida, no mesmo prato que você regurgita.
“Ah,
mas eu não posso mudar a mentalidade de toda uma comunidade!”, me diz você.
Bem, talvez não possa, mas então mude você de localidade! Se reclamar lhe faz
bem, até reclame, mas não sem fazer algo efetivamente útil para se sentir bem e
ter elogios a tecer e não queixas a enumerar sobre as pessoas que lhe cercam!
Às vezes tudo o que você precisa é
reconhecer que tem pernas e que pode colocá-las no mundo, como diria
Gonzaguinha. Às vezes tudo o que você precisa é saber que não é uma árvore, que
não é Cristo e que não está pregado numa cruz sofrendo. Aliás, em caso de haver
uma "cruz" sobre você, não haverá coragem em se submeter à ela, mas
em abandoná-la e dar um basta na dor, porque você não precisa ser mártir, você
precisa ser contente e feliz!
Às vezes você só precisa admitir que resignação não combina com felicidade, que
"acostumar-se" não tem muito a ver com alegria e que você não só pode
como deve mudar de rumo, de caminho, de vida, porque no fundo, desistir não é
ser covarde. Covardia é aceitar o que não lhe faz bem, por hábito e por medo,
não por prazer! Ah, meu amigo! Às vezes você precisa mudar: de cidade, de
sonhos, de pensamentos, de cultura, de anseios, de postura, de vida e de
companhia!
Não é mole a vida adulta, meu
amigo! Ela requer atitude, chorar, espernear e gritar “mamãe” não servem pra
nada! Tranquila era a fase do boletim escolar, de uma nota vermelha de vez em
quando, da paixonite platônica na escola pra sofrer um pouco!
A vida responsável e adulta tem boletos
vencidos e vincendos, tem conta no vermelho, tem decepção ortográfica com os
sujeitos que lhe abordam virtualmente e, ainda, tem frustração com as escolhas
que você mesmo fez um dia e, depois, muito corajosamente se coloca a desistir e
mudar de rumo! Isso aí é a vida: quando não existirem altos e baixos, ela já
terá se esvaído!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de abril de 2016.
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