As amigas dos solitários
As palavras são as melhores amigas dos solitários. Alguns não as descobriram como tal, outros as temem, mas elas salvam nossa alma do exílio. Elas nos deixam leves nos momentos pesados de silêncio, de vazio e, porque não de “perdição”.
Perdição porque nos sentimos “perdidos”. A vida nos aponta novos rumos, nos trás outras opções e ficamos ali, absortos em lembranças, planos antigos, novos temores, e as novas possibilidades estão ali, pululando e nos causando ansiedade.
Não me refiro às palavras como elixir da forma com que eu, os poetas e todos os escritores as usam - juntando-as num papel, tentando dar-lhes significado plausível – me refiro às palavras como forma de expressão, falo em desabafo, em falar para o outro o que se sente como uma forma de se descobrir, ou simplesmente de seu uso em pensamento, em reflexão.
As palavras estão presentes, são nossas companheiras mesmo quando estamos silentes. É nessa hora que elas reinam únicas - em nossos pensamentos, em nossos ideais e idéias que habitam no mais recôndito de nosso ser.
As palavras acompanham minhas lágrimas, meus pensamentos, minhas idéias, minhas constatações, meu riso, minha conexão pessoal - daquela que sou, com aquela que fui e com aquela que desejo me tornar.
Quisera eu saber tudo, quisera eu ter sido paciente, quisera eu saber antes o que sei agora, e saber hoje o que aprenderei amanha.As palavras aliviam esta minha ansiedade, me guiam, me alentam.
Entre hipóteses, passado, futuro, silêncio, vazio de coração, receios, medos e solidão, vivo com as palavras agitando meus pensamentos e fazendo minha estrada mais bela, mais florida, e de minha carga, mais leve.
Não tenho, sempre, com quem compartilhar o meu pesar, as minhas lástimas, medos e frustrações. As pessoas criticam, menosprezam, e se críticas fossem alentar minha alma eu procuraria um padre. Todos querem alguém que, às vezes, apenas os ouça e compreenda, sem os julgar ou “apontar” caminhos.
Tenho os pensamentos, as idéias e as palavras para expressar o que sinto. Escrever é a salvação das almas sensíveis e solitárias. Para aqueles que se pegam, às vezes, sem ter com quem dividir bons momentos quando é isso que desejam, ou, simplesmente, quando precisam de um diálogo “à toa”, um desabafo. Feliz sou, feliz porque as palavras me fazem companhia. Sempre.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de abril de 2007.
As palavras são as melhores amigas dos solitários. Alguns não as descobriram como tal, outros as temem, mas elas salvam nossa alma do exílio. Elas nos deixam leves nos momentos pesados de silêncio, de vazio e, porque não de “perdição”.
Perdição porque nos sentimos “perdidos”. A vida nos aponta novos rumos, nos trás outras opções e ficamos ali, absortos em lembranças, planos antigos, novos temores, e as novas possibilidades estão ali, pululando e nos causando ansiedade.
Não me refiro às palavras como elixir da forma com que eu, os poetas e todos os escritores as usam - juntando-as num papel, tentando dar-lhes significado plausível – me refiro às palavras como forma de expressão, falo em desabafo, em falar para o outro o que se sente como uma forma de se descobrir, ou simplesmente de seu uso em pensamento, em reflexão.
As palavras estão presentes, são nossas companheiras mesmo quando estamos silentes. É nessa hora que elas reinam únicas - em nossos pensamentos, em nossos ideais e idéias que habitam no mais recôndito de nosso ser.
As palavras acompanham minhas lágrimas, meus pensamentos, minhas idéias, minhas constatações, meu riso, minha conexão pessoal - daquela que sou, com aquela que fui e com aquela que desejo me tornar.
Quisera eu saber tudo, quisera eu ter sido paciente, quisera eu saber antes o que sei agora, e saber hoje o que aprenderei amanha.As palavras aliviam esta minha ansiedade, me guiam, me alentam.
Entre hipóteses, passado, futuro, silêncio, vazio de coração, receios, medos e solidão, vivo com as palavras agitando meus pensamentos e fazendo minha estrada mais bela, mais florida, e de minha carga, mais leve.
Não tenho, sempre, com quem compartilhar o meu pesar, as minhas lástimas, medos e frustrações. As pessoas criticam, menosprezam, e se críticas fossem alentar minha alma eu procuraria um padre. Todos querem alguém que, às vezes, apenas os ouça e compreenda, sem os julgar ou “apontar” caminhos.
Tenho os pensamentos, as idéias e as palavras para expressar o que sinto. Escrever é a salvação das almas sensíveis e solitárias. Para aqueles que se pegam, às vezes, sem ter com quem dividir bons momentos quando é isso que desejam, ou, simplesmente, quando precisam de um diálogo “à toa”, um desabafo. Feliz sou, feliz porque as palavras me fazem companhia. Sempre.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de abril de 2007.
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