Nossos pais em nós.
“Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.” Este estrofe é de um texto shakesperiano chamado “Um dia você aprende”.Sensacional. Indescritivelmente belo e assertivo.
Quanto à questão da maturidade nada mais certo, por isso encontramos jovens maduros e adultos tolos, estes porque não gozaram do aprendizado que suas experiências lhes trouxeram, não o usufruíram, portanto.
Mas, a frase que nunca me sai da cabeça é a de que um dia aprendemos que há mais de nossos pais em nós do que podemos supor. Se nós não percebemos, certamente quem nos cerca percebe. São os pequenos gestos, as atitudes, inclusive e, principalmente, aquelas que gostamos de criticar: acabamos fazendo igual a eles.
E, porque não dizer, pior, afinal, se criticamos assumimos perante a vida uma espécie de “obrigação” de agir de forma superior, de forma mais sábia e diferente. Mas não é bem assim, porque quem critica traz para si a falsa coroa de um reinado de superioridade que não possui. Todos somos errantes neste mundo. Somos errantes que agimos tentando acertar.
E isso temos em comum com nossos pais. Todos humanos, imperfeitos agindo da forma que achamos certo, amando e ansiando para os nossos seres afins (filhos, irmãos, amigos, maridos, namorados) aquilo que achamos certo - na nossa visão.
Costumamos repetir os equívocos de nossos pais que tanto criticamos. Se dissermos que eles eram ríspidos e brutos, acabamos sendo, seguidamente, da mesma forma. A criação é algo que pesa forte em nós, a dificuldade de amar e demonstrar amor é algo, por exemplo, tipicamente “educacional”, depende de nosso meio.
Crianças tratadas com mais afeto se tornam adultos mais carinhosos, irão admirar a harmonia e o amor existente entre seus pais e formarão famílias calcadas sobre o carinho e afetividade. Do contrário, quem não teve tanta atenção. Pode criticar, mas terá em si a semente das atitudes mais brutas na hora de fazer valer suas vontades.
Quando, porém, chega a hora de reconhecermos que temos muito mais de nossos pais do que pensamos, passamos a seguir nossa vida, mudando a nós mesmos caso aquilo que constatamos não é o que desejamos ou valorizamos. Precisamos ser bastante humildes para reconhecer tal fato, e, mais ainda, para, pacientemente, evoluirmos, pois esta é a lei de nossa existência, aprender com as experiências, amadurecer e se auto-superar.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 19 de abril de 2007.
“Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.” Este estrofe é de um texto shakesperiano chamado “Um dia você aprende”.Sensacional. Indescritivelmente belo e assertivo.
Quanto à questão da maturidade nada mais certo, por isso encontramos jovens maduros e adultos tolos, estes porque não gozaram do aprendizado que suas experiências lhes trouxeram, não o usufruíram, portanto.
Mas, a frase que nunca me sai da cabeça é a de que um dia aprendemos que há mais de nossos pais em nós do que podemos supor. Se nós não percebemos, certamente quem nos cerca percebe. São os pequenos gestos, as atitudes, inclusive e, principalmente, aquelas que gostamos de criticar: acabamos fazendo igual a eles.
E, porque não dizer, pior, afinal, se criticamos assumimos perante a vida uma espécie de “obrigação” de agir de forma superior, de forma mais sábia e diferente. Mas não é bem assim, porque quem critica traz para si a falsa coroa de um reinado de superioridade que não possui. Todos somos errantes neste mundo. Somos errantes que agimos tentando acertar.
E isso temos em comum com nossos pais. Todos humanos, imperfeitos agindo da forma que achamos certo, amando e ansiando para os nossos seres afins (filhos, irmãos, amigos, maridos, namorados) aquilo que achamos certo - na nossa visão.
Costumamos repetir os equívocos de nossos pais que tanto criticamos. Se dissermos que eles eram ríspidos e brutos, acabamos sendo, seguidamente, da mesma forma. A criação é algo que pesa forte em nós, a dificuldade de amar e demonstrar amor é algo, por exemplo, tipicamente “educacional”, depende de nosso meio.
Crianças tratadas com mais afeto se tornam adultos mais carinhosos, irão admirar a harmonia e o amor existente entre seus pais e formarão famílias calcadas sobre o carinho e afetividade. Do contrário, quem não teve tanta atenção. Pode criticar, mas terá em si a semente das atitudes mais brutas na hora de fazer valer suas vontades.
Quando, porém, chega a hora de reconhecermos que temos muito mais de nossos pais do que pensamos, passamos a seguir nossa vida, mudando a nós mesmos caso aquilo que constatamos não é o que desejamos ou valorizamos. Precisamos ser bastante humildes para reconhecer tal fato, e, mais ainda, para, pacientemente, evoluirmos, pois esta é a lei de nossa existência, aprender com as experiências, amadurecer e se auto-superar.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 19 de abril de 2007.
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