Porto da maturidade
“Deixo a vida me levar”, diz o Zeca Pagodinho, deixo a vida me ensinar, digo eu. Não quero levá-la apenas, quero gozá-la, curti-la, pensa-la, refleti-la, e, principalmente crescer, amadurecer muito, para que eu possa lembrar do passado, fazer um ou vários mea culpa e ter a consciência de que hoje eu agiria de forma diferente e mais correta graças ao que aprendi.
Fazer mea culpa, analisar o que, onde, como e porque a gente errou é mais do que saudável, é um sinal de que, se não sabemos tudo- afinal, jamais saberemos tudo nesta vida, pelo contrário, somos ignorantes em ascensão lenta e gradual- ao menos nos tornamos mais humildes de espírito.
A humildade de alma é uma grande virtude, é um sinal de sapiência, de grandiosidade espiritual. Só não se auto-analisa e critica os ignorantes, e estes são, invariavelmente aqueles que costumam acreditar que são vítimas da vida, que sempre foram e são os “mais corretos e justos” no mundo.
É necessário que entre as quatro paredes de nossa alma nos dispamos do orgulho, joguemos longe os mecanismos de defesa de nosso ego e nos analisemos de tal forma: sem adornos e sem a necessidade deles, posto que estamos a sós. A sós conosco, longe da crítica alheia, mas sujeitos a nossa que deve sim, ser severa.
Todavia, reconhecer os erros e enganos do passado, averiguar que durante algum tempo acreditamos possuir uma razão inexistente, perceber quão injustos fomos, bem como a forma egoísta com que agimos não implica em manter na memória a culpa constante, pelo contrário, o mea culpa deve ser um caminho para o auto-perdão.
Mas, para se perdoar é preciso ela: A grande, a iluminada, a toda poderosa humildade. Humildade para reconhecer que não somos os únicos errantes sob este lindo céu, para que percebamos que nossos erros ensinam e o aprendizado que nos deixam são os únicos bem valiosos realmente nossos neste mundo - ninguém tira, ou rouba de um homem a sabedoria que a vida lhe trouxe, o aprendizado que adquiriu, inclusive e principalmente através da análise de seus erros.
Aos 25 sei mais do que sabia aos 23, aos 22 anos. E com 21 sabia muito mais do que achava crer aos 19 anos, e assim é a vida. Se soubéssemos o que sabemos hoje no nosso “ontem” tudo seria diferente, mas, será que teria a mesma graça? Será que a luz da vida não está nestes pequenos mistérios? No errar, analisar, se culpar, se perdoar, superar, e continuar trilhando os caminhos que optamos? Vivendo, amando, se auto-analisando e aprendendo - somos abençoados constantemente, mas nem sempre percebemos.
“Deixo a vida me levar”, diz o Zeca Pagodinho, deixo a vida me ensinar, digo eu. Não quero levá-la apenas, quero gozá-la, curti-la, pensa-la, refleti-la, e, principalmente crescer, amadurecer muito, para que eu possa lembrar do passado, fazer um ou vários mea culpa e ter a consciência de que hoje eu agiria de forma diferente e mais correta graças ao que aprendi.
Fazer mea culpa, analisar o que, onde, como e porque a gente errou é mais do que saudável, é um sinal de que, se não sabemos tudo- afinal, jamais saberemos tudo nesta vida, pelo contrário, somos ignorantes em ascensão lenta e gradual- ao menos nos tornamos mais humildes de espírito.
A humildade de alma é uma grande virtude, é um sinal de sapiência, de grandiosidade espiritual. Só não se auto-analisa e critica os ignorantes, e estes são, invariavelmente aqueles que costumam acreditar que são vítimas da vida, que sempre foram e são os “mais corretos e justos” no mundo.
É necessário que entre as quatro paredes de nossa alma nos dispamos do orgulho, joguemos longe os mecanismos de defesa de nosso ego e nos analisemos de tal forma: sem adornos e sem a necessidade deles, posto que estamos a sós. A sós conosco, longe da crítica alheia, mas sujeitos a nossa que deve sim, ser severa.
Todavia, reconhecer os erros e enganos do passado, averiguar que durante algum tempo acreditamos possuir uma razão inexistente, perceber quão injustos fomos, bem como a forma egoísta com que agimos não implica em manter na memória a culpa constante, pelo contrário, o mea culpa deve ser um caminho para o auto-perdão.
Mas, para se perdoar é preciso ela: A grande, a iluminada, a toda poderosa humildade. Humildade para reconhecer que não somos os únicos errantes sob este lindo céu, para que percebamos que nossos erros ensinam e o aprendizado que nos deixam são os únicos bem valiosos realmente nossos neste mundo - ninguém tira, ou rouba de um homem a sabedoria que a vida lhe trouxe, o aprendizado que adquiriu, inclusive e principalmente através da análise de seus erros.
Aos 25 sei mais do que sabia aos 23, aos 22 anos. E com 21 sabia muito mais do que achava crer aos 19 anos, e assim é a vida. Se soubéssemos o que sabemos hoje no nosso “ontem” tudo seria diferente, mas, será que teria a mesma graça? Será que a luz da vida não está nestes pequenos mistérios? No errar, analisar, se culpar, se perdoar, superar, e continuar trilhando os caminhos que optamos? Vivendo, amando, se auto-analisando e aprendendo - somos abençoados constantemente, mas nem sempre percebemos.
Eu, você, todos estamos neste barco chamado vida que nos leva ao porto da maturidade desde que aceitemos pagar o preço de errar, constatar as mancadas, erguer a cabeça e aprender com elas, sem muitas lástimas, sem muita tristeza - sempre há tempo para recomeçar, para fazer diferente, para ser e se demonstrar mais sábio, mais maduro.
O tempo não volta atrás, mas a vida sempre nos traz novas oportunidades, basta que saibamos aproveita-las, basta que tenhamos humildade para aplicar na prática do presente as lições que aprendemos no passado, e que, através de nossa auto-análise fomos buscar por entre os espinhos da saudade e do arrependimento, que, esmagados hoje, se tornam a bela flor da sabedoria.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de abril de 2007.
O tempo não volta atrás, mas a vida sempre nos traz novas oportunidades, basta que saibamos aproveita-las, basta que tenhamos humildade para aplicar na prática do presente as lições que aprendemos no passado, e que, através de nossa auto-análise fomos buscar por entre os espinhos da saudade e do arrependimento, que, esmagados hoje, se tornam a bela flor da sabedoria.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de abril de 2007.
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