Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Timbres humanos

Timbres humanos

Adoro música, ouvir música é para mim uma ótima forma de espairecer, de sentir a alma distrair-se ouvindo melodias com letras poéticas, em especial as que falam de amor. Pois bem, observava o timbre da voz de certos cantores e percebi quão difícil é dizer que "fulano" é melhor que "sicrano", posto a diferença existente entre suas vozes.
Enfim, a peculiaridade com que cada um canta, o timbre da voz de cada cantor faz com que ambos sejam bem julgados como cantores sem que se consiga definir "quem supera quem". Na vida, tal qual entre os timbres das vozes de cantores cada pessoa tem suas características especiais, sem que ninguém seja melhor do que ninguém, mas, apenas diferentes.
Logicamente, os conceitos de bom ou ruim dependem do ponto de vista de quem julga. Uma pessoa admirada por mim, pode ser detestada por outro, e é nessa estrada que a vida segue seu curso sendo as diferenças existentes entre os seres o mais belo adorno que Deus deu à ela. Se ninguém canta da mesma forma, ninguém vive, pensa e sente de forma igual, e ai esta a beleza inerente à existência humana.
Eis uma das maiores provações do ser humano que, acaba por ser uma prova de sua maturidade psíquica: A capacidade que adquire de respeitar as diferenças, de aceitar o outro da forma com que é e pensa, verificando que o que existe entre eles são formas diferentes de pensar, de ser, de viver, enfim, mas, não superioridade ou inferioridade latentes.
Nosso pensar, nossa maneira de ser, de sentir o mundo, de curtir os sentimentos, constituem nosso "timbre" na vida. Cada um tem o seu, de forma que é impossível taxar crer que nossa forma de julgar é "perfeita"- pode ser que seja, mas para nós, não para o mundo. As diferenças estão na forma com que o ser humano pensa, e vive e os conceitos de bom, ruim, péssimo, maravilhoso, adequado ou ideal, são inerentes a quem julga, e não a quem é julgado.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 16 de abril de 2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.