Saudade
Saudade. A saudade é o mal dos amantes. É dor que machuca a alma, é aquilo que não nos deixa dormir, o cutucão no coração que nos faz preferir o sono (prelúdio da morte) a estar acordado e a sentir.
Sentir a dor das lembranças, e, com elas a inevitável mágoa. Mágoa conosco mesmos. Mágoa pelo excesso de egoísmo, por não termos nos disposto a mudar enquanto podíamos, por não termos dito o que sentíamos quando ainda tínhamos aquela presença a nosso lado, nos dando seu calor.
Quando a saudade não é da pessoa que banimos de nossa existência por nossa própria bestialidade ou orgulho, ela se mantém forte em relação aquilo que sonhamos, almejamos, desejamos, mas que se manteve no plano dos ideais sem se transformar em realidade. Saudade daquilo que não foi, mas que viveu e pulsou forte em nosso coração.
Há, quando o fim se aproxima ou se efetiva, a saudade do início, daquela doce descoberta, da época em que havia a “saudadezinha” salutar que nos fazia correr quilômetros para encontrar quem amamos, que nos fazia parar no meio da tarde e mandar uma mensagem de “eu te quero”, a época da conquista, que, os casais inteligentes valorizam e mantém para que a relação não perca o encanto.
Tenho saudade de muita coisa, em especial, tenho saudade daquela que fui. Da moça romântica, cheia de esperança no futuro e fé no amor, tenho saudade das cartas de amor, dos bilhetes apaixonados, das flores, das datas comemoradas como se fossem os dias mais especiais do mundo. Mas, não tenho a mínima saudade da porção de mim que reinava em imaturidade e acreditava gerir o Universo.
Tenho saudade dos momentos de amor, de romance, e asco do orgulho e imaturidade que foram os pais de meus erros. Hoje eu aprendi que não "adianta" sentir essa imensurável falta do que já foi, hoje eu sei que precisamos analisar nossas condutas, pedirmos perdão, aproveitarmos nossas chances no presente, antes que elas passem e o hoje vire, simplesmente, saudade.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 19 de abril de 2007.
Saudade. A saudade é o mal dos amantes. É dor que machuca a alma, é aquilo que não nos deixa dormir, o cutucão no coração que nos faz preferir o sono (prelúdio da morte) a estar acordado e a sentir.
Sentir a dor das lembranças, e, com elas a inevitável mágoa. Mágoa conosco mesmos. Mágoa pelo excesso de egoísmo, por não termos nos disposto a mudar enquanto podíamos, por não termos dito o que sentíamos quando ainda tínhamos aquela presença a nosso lado, nos dando seu calor.
Quando a saudade não é da pessoa que banimos de nossa existência por nossa própria bestialidade ou orgulho, ela se mantém forte em relação aquilo que sonhamos, almejamos, desejamos, mas que se manteve no plano dos ideais sem se transformar em realidade. Saudade daquilo que não foi, mas que viveu e pulsou forte em nosso coração.
Há, quando o fim se aproxima ou se efetiva, a saudade do início, daquela doce descoberta, da época em que havia a “saudadezinha” salutar que nos fazia correr quilômetros para encontrar quem amamos, que nos fazia parar no meio da tarde e mandar uma mensagem de “eu te quero”, a época da conquista, que, os casais inteligentes valorizam e mantém para que a relação não perca o encanto.
Tenho saudade de muita coisa, em especial, tenho saudade daquela que fui. Da moça romântica, cheia de esperança no futuro e fé no amor, tenho saudade das cartas de amor, dos bilhetes apaixonados, das flores, das datas comemoradas como se fossem os dias mais especiais do mundo. Mas, não tenho a mínima saudade da porção de mim que reinava em imaturidade e acreditava gerir o Universo.
Tenho saudade dos momentos de amor, de romance, e asco do orgulho e imaturidade que foram os pais de meus erros. Hoje eu aprendi que não "adianta" sentir essa imensurável falta do que já foi, hoje eu sei que precisamos analisar nossas condutas, pedirmos perdão, aproveitarmos nossas chances no presente, antes que elas passem e o hoje vire, simplesmente, saudade.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 19 de abril de 2007.
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