Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O terror da realidade

O terror da realidade

Não é mais preciso que Hollywood invista na realização de filmes de terror. A realidade social esta, cada dia mais, atemorizante, assustadora. Basta que liguemos a televisão para assistir um telejornal, ou que abramos um jornal para verificarmos que existe algo de muito errado pelo mundo - a violência e o desamor crescendo de forma assustadora.
Crianças morrendo pelas mãos de outras crianças, balas perdidas levando vidas cheias de futuro e corações imersos em esperança e sonhos. Assistindo a um telejornal hoje pela manha vi algo muito mais aterrorizador do quem um filme de terror.
Mais assustador, mas muito, muito mais triste e lamentável justamente por ser o retrato da realidade. Onde esta a justiça neste mundo? Onde esta o amor e a compaixão na vida humana? Eu não sei, mas me alegro por saber que não corrompi o meu pensar nem perdi a capacidade de me indignar, tampouco consigo aceitar o inaceitável.
Burocracia nas atitudes e impiedade na alma eis um dos empecilhos para a mudança. As pessoas, em especial os juristas tergiversam a respeito da punibilidade de menores de idade dizendo que em nada mudaria na diminuição da violência. Ora, como saber se nenhuma atitude se toma, se nada se faz?
Talvez estes juristas de mente hipócrita e demais cidadãos de pouco raciocínio mudassem seus pensamentos se tivessem o filho, pai ou esposa com a vida findada pelas mãos de um menor de idade. Pena é castigo, retribuição leve ou pesada conforme o agir de alguém. Se todos, quando crianças recebem reprimendas, porque não reprimir o menor de idade assassino?
Se não forem tomadas atitudes sérias em matéria de repressão penal, se presídios não estiverem na lista de empreendimentos de governos ao lado de hospitais e escolas essa situação constante de impunidade não irá mudar. E é a certeza de impunidade que cria nos cidadãos mal intencionados a idéia de liberdade para agir. Agir em detrimento da liberdade, vida e direitos alheios.
Espero um dia poder ligar a televisão pela manha e não ter a sensação de desilusão que me faz afirmar com lamento: “Este mundo esta no fim.” Afinal, o mundo não vai acabar. O que esta no fim é a paciência de alguns, a esperança de outros e a certeza de punição dos bandidos da nação, quer eles usem ternos importados ou roupas sujas.

Cláudia de Marchi

Concórdia, 23 de maio de 2007.

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