Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O amor e suas fases

O amor e suas fases

O amor muda de formas com o passar do tempo de forma fazendo com que os relacionamentos tenham algumas fases, cada uma com sua graça, com seu brilho. Não é, pois, o amor quem morre ou finda são os homens que o abafam com sua ansiedade, insegurança e ilusões demasiadas.
No início de qualquer relacionamento existe a magia do “descobrir” o outro. Dois desconhecidos juntos por um motivo apenas - um sentimento, algo inexplicável que, por prudência, nem deve ser chamado de amor. (Talvez seja o “prelúdio do amor” incentivando as pessoas a se conhecerem, afinal nada acontece por acaso.)
Depois de algum tempo, surge o conhecimento das virtudes e dos defeitos (sim, porque onde os defeitos não são conhecidos – e respeitados- não há amor, e sim um sentimento que acaba tão facilmente quanto arrebata), e a admiração pelas primeiras, fazendo emergir o encantamento.
Inexiste amor sem admiração pelas virtudes alheias. Não pela beleza física, mas pela beleza da alma, do coração. Por mais belo que seja um individuo ele não será apenas por isso capaz de cativar o amor de alguém. É preciso muito mais, é preciso ter valores que não serão amenizados com o tempo.
Com o passar dos anos, a admiração se mantém, mas alguns defeitos podem começar a incomodar. Juntos, unidos, o casal se sente mais “à vontade” para expor alguns pensamentos que podem ser incomodativos e, talvez, não fossem expostos na fase inicial do romance. Todavia, ambos estão seguros de seus sentimentos. Surge um amor mais “tranqüilo”.
Cada fase com seu brilho: No início a empolgação, misturada com uma certa ansiedade e insegurança perniciosa, com o passar do tempo a segurança, o entrosamento, o “conhecer-se pelo olhar”. A fase onde o diálogo se torna mais liberto de receios, de medos. Brigas menos freqüentes, ou, ao menos, mais facilmente findadas.
E assim a vida segue. A paixão diminui, o tesão não. A atração pelo outro continua quando o amor é verdadeiro e quando o sexo é bom, ou melhor, excelente entre o casal. Curiosidade?Anseios poligâmicos? Podem até surgir, mas uma pessoa que ama verdadeiramente sabe que não vale a pena arriscar perder uma pessoa especial, que lhe despertou tão nobre sentimento apenas por um anseio carnal tosco.
O sexo não oferece muitas novidades e variações (quando já são feitas com quem se ama entre quatro paredes), logo não é válido arriscar um amor por uma bobeira. O gozo é sempre bom, mas não é, tampouco será tão prazeroso quanto o que se tem com quem se ama.
Têm-se filhos, superam-se crises, brigas, tpms, estresses masculinos, etc. E a paciência urge, sempre, como uma necessidade, como a base da compreensão e a aceitação de que, não é porque o amor mudou de formas no curso da relação que ele tenha morrido. É preciso redescobri-lo, reinventa-lo, compreender que depois de anos de união nenhum dos cônjuges é o mesmo. É preciso se “reapaixonar” pela “nova” velha companheira (o).
Paciência e inteligência são ingredientes indispensáveis para a mantença de uma relação duradoura. Alguns duvidam que isso possa ocorrer, ou por serem muito românticos, ou por serem demasiado materialistas. Mas, ambos, certamente estão bem equivocados e sendo pouco racionais.
Uma pessoa madura sabe o que quer, e sabe que amor de verdade não se encontra em qualquer esquina, logo compreende que não custa se dedicar ao relacionamento, se autocompreender, entender o outro, ser paciente e lutar pela mantença daquilo que é sincero e, apesar dos pesares, puro. (O amor aproxima os homens de Deus.)

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 04 de julho de 2007.

Um comentário:

  1. Num mundo cada vez mais desigual
    Anjos e demônios vivem em guerra
    E na luta do bem contra o mal
    Vivemos o inferno na terra
    Quando você decidiu ser feliz?
    Ontem? Hoje? Ou amanhã?
    Não importa o quanto ou quando você o quis
    Só importa que tudo vem de novo a cada manhã
    O nascer do Sol
    O cantar dos pássaros
    O assoviar do vento
    Assim como o brilho, o som e o frescor
    Tudo isso vem junto em seu sorriso
    E ai penso eu quando a vejo
    Será que estou no paraíso?
    Ah, é sempre meu desejo
    Te ver com ele no rosto
    E mesmo que escondido
    Declaro com muito gosto
    Foi benção ter te conhecido!

    do amigo Moura

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.