Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Perdão

Perdão

Toda mudança pessoal requer perdão. Viver é ter que perdoar, é ter que exercitar o perdão, por mais que tente é impossível ao homem olvidar dessa realidade. Precisamos perdoar sempre, ou a alguém ou a nós mesmos por não termos agido ontem com a mesma sapiência que, talvez agiríamos hoje e, por isso lastimamos nossos atos pretéritos nos mais variados "âmbitos" de nossas vidas.
Ora, mas o que somos se não o produto daquilo que fomos no passado somado ao aprendizado que obtivemos, inclusive e, principalmente, com nossos erros?Então, porque não nos damos a chance de aceitar nosso passado e aquilo que não podemos mudar, para sermos felizes no presente e no futuro?
Aceitar o que não podemos mudar é uma sábia forma de nos perdoarmos.Ter conosco a certeza de que se erramos foi porque não sabíamos muita coisa que, talvez, a vida tenha nos ensinado com o passar do tempo. Nenhuma lágrima derramada, nenhuma frustração é em vão nessa vida.
Quanto a perdoar os outros basta que entendamos que as pessoas são imperfeitas e que, nada acontece por acaso, logo, não adianta nos sentirmos vítimas de males alheios. Se assim agirmos estaremos cultivando o ódio não apenas do outro, mas, principalmente à nós mesmos. Estaremos, pois, conservando nosso coração infeliz num freezer de mágoas.
Se fomos "vítimas" de algo foi porque agimos de forma compatível com os intuitos alheios, restando-nos, pois perdoar e nos libertar da ira e do ódio que aprisionam nossa alma, para que possamos ser leves de espírito e felizes novamente, ou passaremos a vida remoendo a mágoa que não mata nem fere ninguém. Ninguém, com exceção de nós mesmos.
O perdão é uma chave para a porta da alegria, da tranqüilidade e da harmonia de espírito. Não é fácil perdoar, tampouco se perdoar. É preciso perseverança, amor próprio, amor à vida, paciência, e força de espírito. Todavia, o resultado é rejubilador e, certamente, gratificante. De todas as batalhas que o homem possa enfrentar as mais difíceis são as interiores. E o homem que vence seus instintos negativos, seu ódio, e a falta de perdão que carrega consigo venceu a pior das batalhas e conquistou a liberdade mais importante: Libertou sua alma.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 09 de julho de 2007.

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