Além da capacidade de gerar uma vida.
Ser mulher é uma dádiva. Ser esse ser complexo em sentimentos, e simples em sentir, ter por características a persistência, a habilidade aguçada de sentir compaixão, de perceber o que o outro sente com um simples olhar, de ter orgasmos múltiplos, de concentrar várias habilidades e, enfim, de poder gerar uma vida, é gratificante.
Dia das mães é a data na qual podemos homenagear aquela mulher que nos cuidou, guiou, que nos aqueceu quando sentíamos frio, que nos deu alimento, carinho, instrução, fazendo o seu melhor por nós, ainda que, hoje em dia, vistamos nosso orgulho criticando suas ações pretéritas alegando que poderia ter sido “melhor mãe”, fato é que ela fez o seu melhor.
Fez o que sabia e podia para o nosso bem no ontem, hoje talvez ela agisse diferente, talvez não casasse, talvez tivesse fugido com um colega hippie e fosse esperar os 40 para ter um bebê, talvez passasse a vida sem ter filhos, como saber? Só Deus sabe o que se passa na mente da mulher por trás do “manhe”, do “mami”, “mamãe”, ou, simplesmente mãe.
O comércio afere grandes lucros em datas comemorativas como o dia das mães, mas quem deveria lucrar somos nós parando para pensar na responsabilidade por trás da dádiva de gerar uma vida. Nem todas as mulheres têm vocação para a maternidade, e é por isso que existem tantos adultos infelizes, inseguros, problemáticos, cruéis, e egoístas no mundo.
Mulheres que acham que ser mãe é gerar uma vida, amamentar e depois passar o resto dos dias reclamando, ouvindo sem paciência (ou nem mesmo ouvindo) seu filho, não lhe dando atenção, mulheres que engravidam na intenção de manter ou fortalecer um relacionamento ou, pior, na intenção de fazer de seu filho uma “poupança” para que um infeliz pague pensão alimentícia, são criminosas, e não mães.
A dádiva de poder gerar uma vida praticamente todas as mulheres possuem, poucas, infelizmente, são as que têm o dom da maternidade. A capacidade de abdicar do egoísmo em prol do filho sem dele tornar-se escrava, a capacidade de ser amável, amiga e companheira sem se tornar demasiado permissiva, a capacidade de ser ríspida sem ser autoritária, sem humilhar, a capacidade de instruir e comandar uma prole sem ser ditadora e desrespeitosa, poucas possuem.
É em homenagem a estas mulheres admiráveis que escrevo e cumprimento no dia especial para as boas mães, que são as que sabem ser más no momento certo para educar pessoas com limites e não seres impiedosos e egoístas que irão passar a vida achando que o Universo e todos os seres deve ser servis como sua mãe foi, pela simples má vontade de lhe ver chorar por ser contrariado quando mal sabia falar.
Para as mulheres que ainda não se tornaram mães, posso, apenas dizer que antes de qualquer ação a reflexão é necessária. Mais ainda quando a ação é conceber uma vida, porque ser mãe vai muito além deste ato e implica em homéricas e inúmeras responsabilidades. Ser mãe vai muito além da capacidade de gerar uma vida.
Uma boa terapia psicológica e o uso de anticoncepcionais de qualidade fazem bem, em especial antes de tomar a decisão de ser mãe. Ter capacidade financeira para sustentar o filho também, afinal, crianças precisam de pais e não apenas de provedores.
Filhos, nos tempos atuais em que os contraceptivos são de fácil acesso e preço, devem nascer do amor entre duas pessoas e não do desejo egoísta de uma mulher que não tem capacidade emocional sequer para perceber os sentimentos por ela nutridos pelo “possível” pai de seu filho, nem capacidade financeira para lhe dar boas condições de vida.
Cláudia de Marchi
Marau, 10 de maio de 2008.
Ser mulher é uma dádiva. Ser esse ser complexo em sentimentos, e simples em sentir, ter por características a persistência, a habilidade aguçada de sentir compaixão, de perceber o que o outro sente com um simples olhar, de ter orgasmos múltiplos, de concentrar várias habilidades e, enfim, de poder gerar uma vida, é gratificante.
Dia das mães é a data na qual podemos homenagear aquela mulher que nos cuidou, guiou, que nos aqueceu quando sentíamos frio, que nos deu alimento, carinho, instrução, fazendo o seu melhor por nós, ainda que, hoje em dia, vistamos nosso orgulho criticando suas ações pretéritas alegando que poderia ter sido “melhor mãe”, fato é que ela fez o seu melhor.
Fez o que sabia e podia para o nosso bem no ontem, hoje talvez ela agisse diferente, talvez não casasse, talvez tivesse fugido com um colega hippie e fosse esperar os 40 para ter um bebê, talvez passasse a vida sem ter filhos, como saber? Só Deus sabe o que se passa na mente da mulher por trás do “manhe”, do “mami”, “mamãe”, ou, simplesmente mãe.
O comércio afere grandes lucros em datas comemorativas como o dia das mães, mas quem deveria lucrar somos nós parando para pensar na responsabilidade por trás da dádiva de gerar uma vida. Nem todas as mulheres têm vocação para a maternidade, e é por isso que existem tantos adultos infelizes, inseguros, problemáticos, cruéis, e egoístas no mundo.
Mulheres que acham que ser mãe é gerar uma vida, amamentar e depois passar o resto dos dias reclamando, ouvindo sem paciência (ou nem mesmo ouvindo) seu filho, não lhe dando atenção, mulheres que engravidam na intenção de manter ou fortalecer um relacionamento ou, pior, na intenção de fazer de seu filho uma “poupança” para que um infeliz pague pensão alimentícia, são criminosas, e não mães.
A dádiva de poder gerar uma vida praticamente todas as mulheres possuem, poucas, infelizmente, são as que têm o dom da maternidade. A capacidade de abdicar do egoísmo em prol do filho sem dele tornar-se escrava, a capacidade de ser amável, amiga e companheira sem se tornar demasiado permissiva, a capacidade de ser ríspida sem ser autoritária, sem humilhar, a capacidade de instruir e comandar uma prole sem ser ditadora e desrespeitosa, poucas possuem.
É em homenagem a estas mulheres admiráveis que escrevo e cumprimento no dia especial para as boas mães, que são as que sabem ser más no momento certo para educar pessoas com limites e não seres impiedosos e egoístas que irão passar a vida achando que o Universo e todos os seres deve ser servis como sua mãe foi, pela simples má vontade de lhe ver chorar por ser contrariado quando mal sabia falar.
Para as mulheres que ainda não se tornaram mães, posso, apenas dizer que antes de qualquer ação a reflexão é necessária. Mais ainda quando a ação é conceber uma vida, porque ser mãe vai muito além deste ato e implica em homéricas e inúmeras responsabilidades. Ser mãe vai muito além da capacidade de gerar uma vida.
Uma boa terapia psicológica e o uso de anticoncepcionais de qualidade fazem bem, em especial antes de tomar a decisão de ser mãe. Ter capacidade financeira para sustentar o filho também, afinal, crianças precisam de pais e não apenas de provedores.
Filhos, nos tempos atuais em que os contraceptivos são de fácil acesso e preço, devem nascer do amor entre duas pessoas e não do desejo egoísta de uma mulher que não tem capacidade emocional sequer para perceber os sentimentos por ela nutridos pelo “possível” pai de seu filho, nem capacidade financeira para lhe dar boas condições de vida.
Cláudia de Marchi
Marau, 10 de maio de 2008.
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