Justificável, ou não?
Existem condutas que a gente não consegue justificar, normalmente, são as alheias, mas, por que pretendemos explicar ou "bem assimilar" os atos dos outros? Não devemos nos importar com o agir alheio, nem julga-lo, afinal, quando a conduta é nossa, por mais absurda e tola que seja, conseguimos justificar, via de regra, com maestria.
Estava pensando no agir de muitas pessoas, na omissão de alguns frente a fatos que eu julgo importantes, no abandono de outros, no malbaratamento dos sentimentos e vidas alheias, no agir tosco e egoísta de muitos, na desonestidade de tantos, na falta de amor de alguns, no ato de alguns seres ao legar ao nada a existência de quem foi colocado no mundo, na falta de prevenção das pessoas contra fatos sérios e geradores de grandes responsabilidades que, ainda que ouça justificativas e explicações, meu íntimo se contorce por lhes julgar injustificáveis.
Mas, e dai? Devemos aprender que não precisamos e nem podemos tentar entender completamente as justificativas do agir alheio, portanto, devemos ter a consciência de que só devemos satisfação a nós mesmos, à nossa consciência e não ao outro. As pessoas são diferentes entre si, mas cada uma sabe a dor que tem no coração, as agruras, a agonia que sentiu em determinados momentos, ou mesmo a felicidade magnífica que teve, só quem sente, chora e sorri sabe, enfim, o que lhe motiva.
O que eu justifico e acho justificável por ter uma forma pessoal e íntima de pensar, ser, sentir e agir, outros podem achar, literalmente "sem explicação", mas, o que isso importa? Paz, quem tem que ter é o homem quando a sós consigo. E a tranqüilidade de espírito, a paz da alma só tem o homem que justifica com orgulho o seu agir para a sua própria consciência, porque é e sempre será ela quem irá lhe cobrar satisfação como uma mãe ríspida ao filho, como um juiz frente ao infrator da lei.
E, é por isso que, com nossa vida atribulada, devendo prestar contas de nossos atos apenas à nós mesmos, não precisamos julgar ao outro, concordar com suas justificativas, ou mesmo lhe cobrar mudanças, assim como não devemos exigir o mesmo dele em relação as nossas. Ao outro devemos respeitar, compreender suas limitações e atos, sem muito esforço para aceitar ou não seu pensar: Quem tem que aceitar e justificar seus atos é ele, para ele mesmo, e nós, os nossos para nós mesmos. E nesse balanço fica feliz apenas aquele que age de forma coerente com sua consciência, crenças e sentimentos.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de maio de 2008.
Existem condutas que a gente não consegue justificar, normalmente, são as alheias, mas, por que pretendemos explicar ou "bem assimilar" os atos dos outros? Não devemos nos importar com o agir alheio, nem julga-lo, afinal, quando a conduta é nossa, por mais absurda e tola que seja, conseguimos justificar, via de regra, com maestria.
Estava pensando no agir de muitas pessoas, na omissão de alguns frente a fatos que eu julgo importantes, no abandono de outros, no malbaratamento dos sentimentos e vidas alheias, no agir tosco e egoísta de muitos, na desonestidade de tantos, na falta de amor de alguns, no ato de alguns seres ao legar ao nada a existência de quem foi colocado no mundo, na falta de prevenção das pessoas contra fatos sérios e geradores de grandes responsabilidades que, ainda que ouça justificativas e explicações, meu íntimo se contorce por lhes julgar injustificáveis.
Mas, e dai? Devemos aprender que não precisamos e nem podemos tentar entender completamente as justificativas do agir alheio, portanto, devemos ter a consciência de que só devemos satisfação a nós mesmos, à nossa consciência e não ao outro. As pessoas são diferentes entre si, mas cada uma sabe a dor que tem no coração, as agruras, a agonia que sentiu em determinados momentos, ou mesmo a felicidade magnífica que teve, só quem sente, chora e sorri sabe, enfim, o que lhe motiva.
O que eu justifico e acho justificável por ter uma forma pessoal e íntima de pensar, ser, sentir e agir, outros podem achar, literalmente "sem explicação", mas, o que isso importa? Paz, quem tem que ter é o homem quando a sós consigo. E a tranqüilidade de espírito, a paz da alma só tem o homem que justifica com orgulho o seu agir para a sua própria consciência, porque é e sempre será ela quem irá lhe cobrar satisfação como uma mãe ríspida ao filho, como um juiz frente ao infrator da lei.
E, é por isso que, com nossa vida atribulada, devendo prestar contas de nossos atos apenas à nós mesmos, não precisamos julgar ao outro, concordar com suas justificativas, ou mesmo lhe cobrar mudanças, assim como não devemos exigir o mesmo dele em relação as nossas. Ao outro devemos respeitar, compreender suas limitações e atos, sem muito esforço para aceitar ou não seu pensar: Quem tem que aceitar e justificar seus atos é ele, para ele mesmo, e nós, os nossos para nós mesmos. E nesse balanço fica feliz apenas aquele que age de forma coerente com sua consciência, crenças e sentimentos.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de maio de 2008.
Nossa Querida Cacau...
ResponderExcluirAo te expressares aqui neste pensamento dissestes muita coisa real, muita coisa que veio de Deus, ou inspirada por ele...realmente devemos pensar muito antes de qualquer juízo.
TE ADORO AMIGA ETERNA!!!
Beijinhos!!!
Marselha