Ser, apesar de não ter.
Assistindo a todas as fenomenais gafes vulgares do jogador Ronaldo, que, há muito tempo, deixou de ser um “fenômeno” em campo, comecei a pensar nas agruras dos milionários como ele. Dinheiro é um objetivo de muitas as pessoas, mas em excesso ele pode ser muito perigoso.
O perigo da riqueza ou de qualquer outra forma de gozo do que a grande parte das pessoas considera fortunas materias (a beleza, por exemplo) é que elas não são tão efetivas no que tange a realizar o homem do que “famosas” nesse aspecto.
Espera-se demais delas, mas, na realidade, elas podem mudar o mundo ao redor do homem e não seu âmago, seu interior. E o perigo é a realidade: A vida do homem esta nele e não fora dele, o homem é o que ele sente quando esta a sós consigo e não conferindo o extrato bancário, degustando drinks por ele pagos com um grupo de “alegres companheiros” ou curtindo uma noitada com uma mulher, ou, porque não, com um travesti (vai que vire moda).
Um homem pode ser muito contente, pode ter uma grande alegria de espírito sem ser belo ou rico, pode ter auto-estima e amor próprio sem ter uma conta bancária excelente, um abdômen malhado e um sorriso cativante.
O homem pobre ou classe média que não esbanja o “não muito”, ou, de fato, o pouco que possui pagando festas e agradando “parceiros”, sabe que aqueles que possui são seus amigos de verdade por ele ser como é, por ser quem é e não por possuir o que possui e aparentar o que aparenta.
Mas, e o milionário cujas mulheres que lhe cortejam o fazem pelo poder aquisitivo que possui, que se fosse pobre metade de seus “amigos” não estariam em sua companhia, e a pessoa que sendo bela sente que atrai pessoas sem que elas se interessem em saber quem é o ser por trás do sorriso cândido? O que sentem essas pessoas?
E se perguntarmos para o Ronaldo, ou para qualquer pessoa cuja carreira o fez milionário: “Quem é você e o que você tem sem ser o dinheiro?”, será que a resposta seria alegre ou seria melhor alcançar-lhe um ansiolítico, antidepressivo ou uma porção de cocaína ou heroína?
A pessoa é muito mais do que ela possui. Um ser humano não é, nem mesmo a cultura que tem, ainda que este seja um dos seus melhores atributos, nem a beleza, muito menos o dinheiro. Ele é um conjunto de valores, uma alma que deve ser alegre e feliz, antes, por ser quem é, pensar como pensa, sentir o que sente do que por ter alguma coisa material que possa atrair os outros.
O homem deve ter orgulho de ser e não de possuir algo nesta vida, e para ser não é preciso ter fama, dinheiro ou beleza, é preciso ter uma alma iluminada e alegria de estar no mundo e, portanto, ser contente nele.
Cláudia de Marchi
Marau, 13 de maio de 2008.
Assistindo a todas as fenomenais gafes vulgares do jogador Ronaldo, que, há muito tempo, deixou de ser um “fenômeno” em campo, comecei a pensar nas agruras dos milionários como ele. Dinheiro é um objetivo de muitas as pessoas, mas em excesso ele pode ser muito perigoso.
O perigo da riqueza ou de qualquer outra forma de gozo do que a grande parte das pessoas considera fortunas materias (a beleza, por exemplo) é que elas não são tão efetivas no que tange a realizar o homem do que “famosas” nesse aspecto.
Espera-se demais delas, mas, na realidade, elas podem mudar o mundo ao redor do homem e não seu âmago, seu interior. E o perigo é a realidade: A vida do homem esta nele e não fora dele, o homem é o que ele sente quando esta a sós consigo e não conferindo o extrato bancário, degustando drinks por ele pagos com um grupo de “alegres companheiros” ou curtindo uma noitada com uma mulher, ou, porque não, com um travesti (vai que vire moda).
Um homem pode ser muito contente, pode ter uma grande alegria de espírito sem ser belo ou rico, pode ter auto-estima e amor próprio sem ter uma conta bancária excelente, um abdômen malhado e um sorriso cativante.
O homem pobre ou classe média que não esbanja o “não muito”, ou, de fato, o pouco que possui pagando festas e agradando “parceiros”, sabe que aqueles que possui são seus amigos de verdade por ele ser como é, por ser quem é e não por possuir o que possui e aparentar o que aparenta.
Mas, e o milionário cujas mulheres que lhe cortejam o fazem pelo poder aquisitivo que possui, que se fosse pobre metade de seus “amigos” não estariam em sua companhia, e a pessoa que sendo bela sente que atrai pessoas sem que elas se interessem em saber quem é o ser por trás do sorriso cândido? O que sentem essas pessoas?
E se perguntarmos para o Ronaldo, ou para qualquer pessoa cuja carreira o fez milionário: “Quem é você e o que você tem sem ser o dinheiro?”, será que a resposta seria alegre ou seria melhor alcançar-lhe um ansiolítico, antidepressivo ou uma porção de cocaína ou heroína?
A pessoa é muito mais do que ela possui. Um ser humano não é, nem mesmo a cultura que tem, ainda que este seja um dos seus melhores atributos, nem a beleza, muito menos o dinheiro. Ele é um conjunto de valores, uma alma que deve ser alegre e feliz, antes, por ser quem é, pensar como pensa, sentir o que sente do que por ter alguma coisa material que possa atrair os outros.
O homem deve ter orgulho de ser e não de possuir algo nesta vida, e para ser não é preciso ter fama, dinheiro ou beleza, é preciso ter uma alma iluminada e alegria de estar no mundo e, portanto, ser contente nele.
Cláudia de Marchi
Marau, 13 de maio de 2008.
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