Além do romance.
Poucas sensações são tão boas como o doce saltitar do coração com a alegria do início de um romance. Jantares românticos, vinho de boa qualidade, espumantes deliciosas, bombons, café da manha com direito a tudo, inclusive quindim e pãozinho na boca. Mensagens no celular, e-mails românticos, o início de algo que pode evoluir ou findar, mas que, se bom for, se eterniza na memória de quem o viveu. Rosas, cartões românticos, expectativa de amor, presentinhos especiais, doces, champagne da melhor qualidade, noites e noites de paixão, idas à motéis, hotéis luxuosos, viagens magníficas, noites de paz e carinho numa agradável cama em momentos tão bons que poderia o mundo acabar e teríamos um sorriso cândido nos lábios.
Tudo o que a gente vive com entrega, com sentimento, com emoção, todos os momentos que aproveitamos com pureza e sinceridade são especiais e se eternizam em nossa mente, logo, independente do futuro que a relação venha a ter, o que foi dela bem curtido e sentido passa a existir numa linda gavetinha na memória de nossas melhores experiências. Uma gavetinha cor de rosa, que exala um doce perfume e nos arrepia ao fazer sentirmos a alegria de outrora no coração e um agradável arrepio na pele.
Todavia, não é o "quão maravilhoso" é o início de uma relação que definirá quão aprazível, divertido e agradável será o "depois", o dia a dia, o futuro do relacionamento, pois independente do doce romantismo inicial a realidade de uma vida afetiva requer muito mais que romance constante: Requer afinidades, respeito, paciência, semelhanças, inclusive no aspecto cultural, complacência, e, é claro, atração, desejo, e muita inteligência e humor para tornar agradáveis os dias mais rotineiros, cansativos ou inertes.
Não existe romance de novela, ou melhor, não existe romance cuja paixão explosiva se mantenha dia após dia, em que todas as noites sejam regadas a espumante, morangos e muito sexo. O ser humano passa por fantasias para amadurecer: Na infância sonha, imagina o mundo como quer que seja, quando amadurece vê a vida como ela é. Da mesma forma quando o assunto é a "perfeição romântica de um relacionamento", quando imaturos nos encantamos com o "romance encantável", quando maduros percebemos que tal é apenas um detalhe para uma relação sólida.
Tudo pode começar da forma como idealizamos, como num belo filme romântico, e se perder durante os dias e os anos, outras relações podem começar sem adornos românticos e melhorar com o passar do tempo. Independente de qualquer coisa a graça da vida é o que dela aprendemos e o que nela fazemos com pureza de coração, e o melhor que temos a fazer enquanto viventes, é, simplesmente: Vivenciar. Vivenciar o mais belo romance, a mais tórrida paixão e o mais puro amor, este sim, é o que surge independe de mimos e agrados, e vivenciar, convém dizer, é viver com o corpo e com a mente e sentir com o coração e com a alma.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 30 de setembro de 2009.
Poucas sensações são tão boas como o doce saltitar do coração com a alegria do início de um romance. Jantares românticos, vinho de boa qualidade, espumantes deliciosas, bombons, café da manha com direito a tudo, inclusive quindim e pãozinho na boca. Mensagens no celular, e-mails românticos, o início de algo que pode evoluir ou findar, mas que, se bom for, se eterniza na memória de quem o viveu. Rosas, cartões românticos, expectativa de amor, presentinhos especiais, doces, champagne da melhor qualidade, noites e noites de paixão, idas à motéis, hotéis luxuosos, viagens magníficas, noites de paz e carinho numa agradável cama em momentos tão bons que poderia o mundo acabar e teríamos um sorriso cândido nos lábios.
Tudo o que a gente vive com entrega, com sentimento, com emoção, todos os momentos que aproveitamos com pureza e sinceridade são especiais e se eternizam em nossa mente, logo, independente do futuro que a relação venha a ter, o que foi dela bem curtido e sentido passa a existir numa linda gavetinha na memória de nossas melhores experiências. Uma gavetinha cor de rosa, que exala um doce perfume e nos arrepia ao fazer sentirmos a alegria de outrora no coração e um agradável arrepio na pele.
Todavia, não é o "quão maravilhoso" é o início de uma relação que definirá quão aprazível, divertido e agradável será o "depois", o dia a dia, o futuro do relacionamento, pois independente do doce romantismo inicial a realidade de uma vida afetiva requer muito mais que romance constante: Requer afinidades, respeito, paciência, semelhanças, inclusive no aspecto cultural, complacência, e, é claro, atração, desejo, e muita inteligência e humor para tornar agradáveis os dias mais rotineiros, cansativos ou inertes.
Não existe romance de novela, ou melhor, não existe romance cuja paixão explosiva se mantenha dia após dia, em que todas as noites sejam regadas a espumante, morangos e muito sexo. O ser humano passa por fantasias para amadurecer: Na infância sonha, imagina o mundo como quer que seja, quando amadurece vê a vida como ela é. Da mesma forma quando o assunto é a "perfeição romântica de um relacionamento", quando imaturos nos encantamos com o "romance encantável", quando maduros percebemos que tal é apenas um detalhe para uma relação sólida.
Tudo pode começar da forma como idealizamos, como num belo filme romântico, e se perder durante os dias e os anos, outras relações podem começar sem adornos românticos e melhorar com o passar do tempo. Independente de qualquer coisa a graça da vida é o que dela aprendemos e o que nela fazemos com pureza de coração, e o melhor que temos a fazer enquanto viventes, é, simplesmente: Vivenciar. Vivenciar o mais belo romance, a mais tórrida paixão e o mais puro amor, este sim, é o que surge independe de mimos e agrados, e vivenciar, convém dizer, é viver com o corpo e com a mente e sentir com o coração e com a alma.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 30 de setembro de 2009.
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