Colo de mãe
Existem situações que de tão simples e valorosas que são não são percebidas enquanto vivenciadas, uma delas é a de ser um “filho”. Um filho amado, respeitado, é claro.
Para a mãe da gente seremos sempre seus filhos: Aqueles por quem elas se sentem responsáveis e para quem elas nunca negarão um colo, um afago, um elogio. Quando crescemos, quando saímos de casa para casarmos, para construirmos uma família, ainda antes de ter os nossos rebentos nos sentimos demasiado responsáveis.
Aquela que era a “filhinha da mamãe” se torna a “dona da casa”, a próxima futura mamãe que não pode fraquejar nem se entregar ao cansaço. A mulher é o cerne de uma família, é aquela que ainda que não seja, tem o instinto maternal de cuidar do outro sendo ele marido, bichinho de estimação ou filho, deste é claro, com uma dádiva toda especial.
Todavia, após conquistadas as responsabilidades de mulher adulta é no cantinho do lar de nossa mãe que nos sentimos filhos novamente, que demonstramos nossa necessidade de cuidado e nos sentimos merecedores dele que não é não um zelo qualquer, mas daquela que nos deu o maior dos presentes: A vida e o amor.
É por essas e por outras belas razões que, independente da idade que uma mãe parte deste mundo, o vazio perdura no coração do filho bem amado. Ele nunca mais terá aquele toque, aquele abraço e aquelas palavrinhas inquinadas de uma capacidade de confortar transcendental inerente ao verdadeiro amor eterno. A vida de um filho que foi adorado jamais é a mesma, ainda que na fase de independência e maturidade,sem a possibilidade de ter o colo de sua mãe.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 02 de setembro de 2009.
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