Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Calado

Calado 

 Todo caloteiro que conheci afirma ser “bom pagador”. As pessoas negam aos outros os defeitos que possuem por conhecerem a si mesmas, logo, através deste mecanismo elas pretendem iludir quem não lhes conhece. 
As pessoas desavisadas e pouco experientes no convívio humano acreditam no que ouvem, sendo assim, quase todo o homem que possui sérios defeitos morais os escondem e, através de afirmações que os apregoem virtuosos, negam a realidade de sua moral (ou ausência dela). 
É uma verdade triste a de que quanto mais sérios os defeitos das pessoas maior o seu empenho em disfarçá-los e esconde-los, ainda que para isso utilizem-se da mentira e da falsidade. 
As palavras são, portanto, um instrumento perigoso na boca das pessoas maldosas, afinal, através delas elas apregoam virtudes que não possuem e, seguidamente, apontam os defeitos que possuem em si como sendo dos outros. 
Quanto pior a pessoa é, mais ela fala dos outros que são, na verdade, um objeto de projeção dos seus defeitos. Elas direcionam a sua imoralidade e maldade aos outros para defenderem-se de si mesmas. É importante saber que pessoas virtuosas não apregoam as suas próprias virtudes. 
O bom pagador paga contas sem apregoar que o faz. Note-se que esta é a sua obrigação, não existe nada de especial em ser correto e justo. 
Da mesma forma que a pessoa fiel e sincera não precisa dizer que é leal. Ser bom, ter empatia e compaixão é normal para o homem de bom coração, logo, ele não diz o que faz e como age. Ele simplesmente faz o que é normal para si, logo, age calado. 

 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de novembro de 2012.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gosto

Gosto 

 Como é feia a ingratidão daquelas pessoas que reclamam o tempo todo da vida! Como é feia a falsidade daqueles que falam mal das pessoas com as quais convive e trata bem! 
 Como é feia a falta de postura e personalidade daquele que se relaciona bem com todo mundo, porque não tem opinião própria. Como é feia a futilidade daqueles que não conhecem nada profundamente e se contentam apenas com o que “parece ser”. 
Como é feia a atitude dos infiéis, dos traidores e das pessoas egoístas, que não possuem compaixão e não sabem se colocar no lugar do outro. Como são feias as palavras do homem que não compreende, mas critica e menospreza os outros, sua vida e sofrimentos. 
Como é feio o dinheiro dos desonestos, daqueles que prejudicam alguém para obter lucros, daqueles tolos que querem aparentar mais do que possuem e, por isso, olvidam da decência e da honestidade.
Sinceramente? Eu gosto do que é bom, bonito e decente, mas não falo de aparências, refiro-me a virtudes, refiro-me aquilo que não é aferível pelo olhar, mas pelos sentimentos das pessoas mais sensíveis. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 22 de novembro de 2012.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Gratos e ingratos

Gratos e ingratos 

 Quando você quiser reclamar da vida ou sentir-se vítima do acaso, visite hospitais e pessoas doentes, vá até a vila mais carente, ajude alguém, reflita a respeito daqueles que estão em situação inferior a sua. Ser grato pelo que se tem é o maior antídoto contra depressão e problemas "afins" que existe. 
Por outro lado, poucas coisas são tão feias e abjetas quanto a ingratidão daqueles que reclamam de barriga cheia, que lastimam o pouco que não têm, sem valorizar o muito que possuem.
 Pessoas ingratas além de infelizes, possuem energia pesada, estar ao seu lado é desagradável. Elas são desagradáveis. As suas palavras e afirmativas são ridículas, superficiais e vazias de sentido. 
Ninguém consegue ser feliz ao lado de uma pessoa ingrata. Seres humanos sem gratidão são chatos, inconvenientes e decepcionantes, afinal, assim como não valorizam a vida e a saúde que possuem, não valorizam aqueles que estão ao seu redor. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 20 de novembro de 2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Liberte-se!

Liberte-se! 

 Liberte-se de pessoas que lhe fazem mal, liberte-se daquilo que não lhe faz bem, que não lhe faz crescer, que não lhe anima, que não lhe encanta. A vida é muito curta para você desperdiçar momentos ao lado de quem não lhe faz feliz. 
Quem não lhe ama, quem não lhe faz sentir-se contente não merece a sua atenção, o seu apreço e o seu tempo. Priorize sentimentos bons, priorize seu bem estar, priorize a sua sanidade e se afaste de pessoas negativas, falsas e falastronas.
 Pessoas que falam mal de outras pessoas, pessoas que malbaratam os sentimentos alheios, criticarão e menosprezarão você e os seus, logo, não merecem a sua atenção. Pessoas maldosas não merecem o seu cumprimento, menos ainda o seu convívio. 
Liberte-se de quem lhe irrita, de quem diverge de você, fuja de pessoas negativas e ruins, priorize o que é bom, o que lhe incentiva a crescer, o que lhe anima. 
 Deixe de lado tudo o que faz você sentir-se contrariado, procure estar próximo de pessoas semelhantes a você, não desperdice seu tempo ao lado de pessoas com as quais você não possui afinidades. 
Fuja de pessoas linguarudas que tem o outro como assunto principal de suas conversas. Pessoas que falam de outras pessoas querem se esconder por trás das virtudes que apregoam sem as possuir. Pessoas virtuosas compreendem, pessoas maldosas criticam. 
Sentir-se bem e feliz deve ser a sua meta constante neste mundo, então liberte-se de tudo que lhe leva para um rumo inverso ao da felicidade e do bem estar. Você não precisa conviver com ninguém, portanto escolha bem quem merece a sua presença, o seu prezar e a sua atenção. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 19 de novembro de 2012.

Liberdade

Liberdade 

 Ser livre é não depender da opinião e das atitudes alheias para ser feliz e sentir-se em paz. Ser livre é ter a ousadia de ser franco, de ser você mesmo e arcar com o resultado de suas atitudes. Liberdade é algo que está na boca de muitos e na vida de poucos. 
Não importa quanto você ganha, tampouco os bens que você possui, se você depende de opiniões e elogios para sentir-se bem, você não é uma pessoa realmente livre. 
As pessoas confundem liberdade com libertinagem, liberdade com riqueza, liberdade com lucros, todavia ser livre é amar a si mesmo e sentir-se bem na própria pele, ser livre é não depender de idéias, palavras e atos para sentir-se bem. 
 A liberdade não é adquirida, ela é conquistada. Da mesma forma que ela não vem ao homem de fora para dentro, mas da sua mente para fora, para o mundo exterior. Antes de estar no mundo e nas suas atitudes a liberdade é um estado de espírito. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 19 de novembro de 2012.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vingança inútil

Vingança inútil 

 Creio que as pessoas estejam realmente carentes de justiça. Apenas este fato justifica os inúmeros parabéns dedicados ao pai que assassinou o assaltante da filha numa delegacia em Passo Fundo nesta semana. 
Como advogada que tem seus princípios espirituais bastante "vividos" não concordo com tal atitude por dois motivos: 1) Um ato criminoso hediondo não justifica outro de menor gravidade (homicídio é mais grave do que assalto); 2) tanto ódio e revolta no coração da sociedade é um indício de pouca evolução espiritual. Enfim, criminoso o assaltante, criminoso o seu homicida. 
 Não concebo uma humanidade vingativa e, principalmente, desproporcional na sua forma de julgar. Iremos regredir à lei de Talião se acharmos justo as pessoas vingarem-se umas das outras, ou, no caso impingir a alguém uma pena maior do que a de seu próprio crime, afinal, o cidadão assassinado assaltou a filha do seu homicida, não a matou. Trata-se de algo pior do que o “olho por olho, dente por dente”. 
Se o Estado não dá proteção aos seus cidadãos que perderam o bom senso em função da sensação de impunidade que lhes assola, deve a sociedade cobrar de seus governantes, atitudes e não sair cometendo atos bárbaros e contrários a lei, demonstrando, portanto, que a sociopatia dos marginais também a vitimiza. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 16 de novembro de 2012.

Dúvidas

Dúvidas. 

 Tenho a estranha impressão de que as pessoas não podem mais ser felizes ou fazer algo que julguem interessante sem que precisem anunciar isso nas redes sociais. 
 Essa necessidade de exibição que assola as pessoas atualmente me assusta e me intriga: será que os exibicionistas são realmente felizes e estão contentes com suas vidas ou conseguem o contentamento por saber que todos saberão de sua alegria, na verdade inexistente? 
Essa e outras dúvidas me invadem toda vez que vejo pessoas anunciando o que irão fazer ou como estão contentes com alguma “novidade”, viagem ou relacionamento. 
Não sou o tipo de pessoa que acredita no que vê. Eu creio naquilo que sinto e que é aferível no convívio. Qualquer pessoa que esta deprimida pode alegar que esta feliz, eu já fui adolescente e já me senti triste, logo, sei como a auto-afirmação pode ser útil momentaneamente, apesar de ineficaz. 
Assim as pessoas fotografam umas as outras, colocam fotos dos pratos de comida que acham gostosas, narram seus planos, exibem fotos da família reunida no feriado ou algo assemelhado. Parece-me que a felicidade não tem mais graça se for gozada entre quatro paredes. 
 Sou humana e já fui mais exibicionista em relação às redes sociais, a questão é que eu era assim quando era menos feliz do que sou. A felicidade não requer alardes, ela é vivenciada no dia a dia sem precisar de exibição, logo eu duvido muito do equilíbrio psíquico dessas pessoas que narram na internet cada passo que dão. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 16 de novembro de 2012.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O que pensamos.

O que pensamos. 

 Na medida em que a gente amadurece descobrimos que não vale e a pena falar tudo o que pensamos, primeiramente, porque podemos mudar de idéias, em segundo lugar, porque nem todos merecem ouvir e saber o que se passa em nossa mente e coração.
 Você pode falar o que pensa e se sentir aliviado, mas com a maturidade você compreende que alívio é uma sensação banal demais para motivar qualquer tipo de atitude. 
 Nem mesmo o tal do “ganhar” a razão é motivo suficientemente forte para você expor seus pensamentos até mesmo porque, quando você evolui psiquicamente, aprende que cada um tem os seus motivos, as suas razões e o seu direito de pensar o que bem entender, logo não será você e suas idéias quem vai modificar a forma do outro pensar. 
 Quando você fala o que pensa expõe-se demais e exposição não vale a pena, não convém, afinal das contas quem merece o seu prezar esta por perto e sabe das suas experiências e forma de pensar, logo, para quem não esta próximo a você não é preciso contar, porque, não raras vezes, não merece ouvir. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 12 de novembro de 2012.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Quem fala de outros

Quem fala de outros 
 Poucas coisas são tão feias como pessoas falando de outras pessoas, afinal das contas quem é bem resolvido consigo mesmo não desperdiça tempo criticando os outros. 
 Pessoas bem resolvidas e bem estruturadas psiquicamente não falam das outras, pelo contrário, se policiam e respeitam os outros e as diferenças inerentes entre os indivíduos. 
 Aliás, a própria palavra, “individuo” significa que cada pessoa tem a sua individualidade e que parte-se dela, ou seja, da “parte” para a coletividade e não desta para a individualidade, ou seja, o coletivo é formado por muitos indivíduos e estes são, naturalmente, diferentes entre si. 
Inexiste a obrigatoriedade de ser igual entre os humanos. Cada pessoa tem a sua história, suas frustrações, suas alegrias, seus pesares, suas realizações. É impossível que os outros saibam e compreendam todos os fatos de vida que não seja a sua, logo não pode se aceitar que uma pessoa critique a outra e seus problemas ou forma de viver.
Todavia, é justamente o individuo frustrado e infeliz consigo mesmo aquele que tenta, através de palavras e deduções injuriosas referentes à vida do outro, sentir-se melhor e mais feliz consigo mesmo.
Pessoas de mentalidade tacanha criticam as outras para se enaltecerem, porém a cada critica e repudio ao outro existe a afirmação latente de que, quem não merece confiança e prezar é aquele que julga e critica. Quem fala de outros é pouco confiável, além de mal resolvido e infeliz. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

Admiração, paixão e amor

Admiração, paixão e amor 

 É impossível amar o que não é admirado. O homem precisa admirar antes de amar, do contrário o sentimento não se instala em seu coração. Sem admiração o homem não se encanta por outra pessoa. 
 O problema das pessoas é a carência que faz com que elas entabulem relacionamentos com base na necessidade de ter alguém e não na estrita vontade de amá-lo e ser feliz ao seu lado. 
 Não é a toa que relacionamentos vão à bancarrota diariamente, não é a toa que casais se desentendem por motivos cada vez mais banais: trata-se de relacionamentos entabulados pela infeliz carência, não por paixão e amor. 
 Critica-se o "conceito" de paixão quando, na verdade, é ela que instiga o homem a escolher determinada pessoa para ter ao seu lado com as mais puras e boas intenções, enfim, existem paixões doentes o que não significa que todo relacionamento entre pessoas apaixonadas seja pesaroso. 
 A paixão não é racional, mas ela não nasce sem que exista antes um admirar e gostar dos atos alheios, enfim, é preferível uma relação que a tenha como pano de fundo do que aquela com base na necessidade psíquica de uma pessoa em ter a companhia de outra independente de ser encantada ou apaixonada por ela. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

Religião

Religião 

 Existe algo que me intriga no ser humano que é demasiado religioso e não se torna mais humilde apesar de ser crente: é o orgulho e a prepotência que lhe faz acreditar que a sua crença se sobrepõe à alheia. 
 Você pode ter a fé que quiser em qualquer credo, o que não condiz com o exercício de nenhuma religião cristã é a arrogância religiosa que faz com que o “tema” se torne objeto de discussões vãs ou de “pregações” em que se tenta impor a sua crença em detrimento da visão de mundo alheia. 
 É a arrogância que faz com que o homem ache que o que é seu é superior ao do outro e por isso deve lhe ser imposto e aceito mesmo que contrarie as suas expectativas e forma de pensar. 
 Todo homem é livre para crer no que lhe apraz, para exercitar a religião que lhe faz bem e, obviamente, cujos conceitos e preceitos se adéquam com sua visão de mundo, afinal ninguém acredita no que não consegue confiar, ninguém crê naquilo que lhe contraria. 
 Todavia, somente a partir do momento em que a religião aprimorar a alma humana é que existirá respeito entre aqueles que a praticam, afinal todas as crenças são uteis se tornarem o homem melhor, o que significa fazê-lo mais humilde e paciente em relação às diferenças existentes entre as pessoas. 
Logo é útil a religião que torna o homem mais sábio de forma que ele não precise impor a sua crença aos outros, mas dê exemplos de evolução espiritual e psíquica através de suas atitudes. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sem "porque"

Sem “porque”

 Eu não gosto de gente bonita apenas, eu gosto de gente sincera, de quem tem mais do que um sorriso nos lábios para me oferecer. Eu gosto de lealdade, de franqueza, de educação e delicadeza. 
 Eu gosto de quem sabe a hora certa de falar e o momento em que o silencio é a melhor opção, logo, eu admiro e gosto de quem tem tato e sensibilidade para distinguir uma situação da outra. 
Pessoas previsíveis me cansam, mas pessoas desequilibradas me enlouquecem, afinal as pessoas dão para as outras o que elas tem. Você escolhe com quem você convive, de quem você se cerca e a energia que lhe circunda depende dessa decisão.
 Eu gosto do que é bom, do que faz bem, de bons sentimentos, de bons pensamentos. Interessa-me o amor, a alegria, a empolgação, a felicidade! Interessa-me o que faz bem pra alma, não o que ilude, o que mente, o que é falso, o que faz de conta, mas não é. 
 Eu gosto da solidão, da ausência de barulho, da cama vazia, do coração sozinho. Eu gosto do “não depender”, do não precisar, porque o que me agrada é o deixar livre, o amar sem amarras, sem exigências tolas, porque o amor não tem nada de tolo, só o sorriso que os amantes levam sem “porque” no rosto. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 03 de novembro de 2012.

Responsável

Responsável 

 De repente você aprende que tudo depende de você e de seus pensamentos, que o bom ou o ruim, o agradável ou o desagradável, a sanidade ou a insanidade, a beleza ou a feiura são condicionados a sua forma de pensar e de encarar a vida: eles existem no seu pensamento antes de existirem no mundo real, logo, dependem de você para se tornarem reais.
 Você pode ver a vida sob uma perspectiva negativa ou positiva, você pode ver saúde onde há doença ou o contrário e, de uma forma ou outra, o que você vê se realiza, se concretiza, se faz real no mundo como é em seus pensamentos. A sua vida é um espelho que devolve aquilo que você emana. 
 Ser responsável não significa apenas viver de forma adequada ao que todos esperam, não significa simplesmente “andar na linha” e ser correto, mas assumir que todas as suas ações geram reações e que é preciso assumi-las, sobretudo, é preciso saber agir bem para obter bons resultados ou isso será impossível. 
 Nem todo homem esta pronto, nem todo homem sabe viver, nem todo homem assume as suas atitudes e os efeitos de seus atos, existem os que agem sem pensar e, comumente, existem os que pensam errado, os que culpam a vida ou aos outros pelo que lhes acontece, enfim, há os que não se tornaram responsáveis realmente. 
 Nem todo homem amadurece, nem todo homem se torna responsável no sentido exato, enfim, o crescimento não é igual para todos. Nada é igual quando o assunto são pessoas, pois cada uma tem seu ritmo, o fato é que a vida muda quando o homem admite para si mesmo que, de uma forma ou outra, tudo depende de seus pensamentos e atos. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 03 de novembro de 2012.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Silêncio

Silêncio

As pessoas deveriam compreender que não há nada errado com o silêncio e, seguidamente ele é conveniente. O silêncio não precisa ser preenchido, nove em dez vezes é preferível silenciar a falar, mas as pessoas insistem em usar palavras quando elas são desnecessárias. 
Você não precisa “preencher” o espaço que deveria ser ocupado por palavras, você não precisa puxar assunto e procurar o que falar com os outros, afinal das contas o silêncio não existe em vão. Deixe espaço para ele, não há porque se explicar, não há o que explicar, nem para quem explicar, deixe o silêncio dominar, deixe o silêncio prevalecer, não procure palavras para “quebrá-lo”. 
 Falar pouco é indício de classe, de educação. Quem fala demais de regra se entrega e fala o que não deve. Quem fala em excesso termina falando sobre pessoas e quem fala “sobre pessoas” fala sobre si: a melhor forma de conhecer um homem é ouvi-lo criticando outra pessoa. 
 Quando um homem critica outro, ele fala de si mesmo, pois aponta no outro os defeitos que possui, sem notar ou perceber que esta entregando a si próprio. O ego- que tanto se esconde- escorre na saliva do homem que fala demais. 
 Cláudia de Marchi
 Passo Fundo, 02 de novembro de 2012.