Às palavras.
Eis-me aqui, novamente, fazendo uso de vocês, palavras! Certa estava aquela que me disse perceber em meus escritos que vocês são minhas melhores amigas. Sem dúvida, vocês são e, quiçá, sempre serão.
Vocês, minhas palavras, não me traem, não me acusam, não me julgam. Vocês não são injustas, egoístas, não manifestam desamor, não complicam minha vida, não me fazem chorar ou atordoam meu coração tão cheio de boas intenções. Pelo contrário, quem as conhece bem como eu, sabe que vocês são as maiores esclarecedoras desta vida. Sem vocês nada fica claro, nada se concretiza.
Com vocês eu viajo - viajo para o mundo de meus pensamentos, de meus desejos, de meus anseios de amor e de meu coração que o transborda! Eis aí a palavra mais bela palavra dentre vocês: amor. Palavra tão forte que até assusta aos desavisados - aos que não sabem da importância de utilizá-la, além de lhe sentir.
Dessas viagens eu volto mais leve, volto um pouco mais em paz e me sentindo menos só. Vocês, minhas palavras, ajudam-me a me compreender e a entender ao mundo, porque na medida em que escrevo me descubro através de vocês.
Descobrir significa tirar algo que nos tapa, talvez tirar dos olhos o véu das pseudo-certezas, o véu da falta de compreensão alheia e própria, porque antes de usá-las eu vivo, eu sinto, eu sofro, me sinto só, me sinto perdida e, muitas vezes, sem sentir que dou amor e valorizo quem merece a intensidade com que sinto.
Sim, porque eu amo intensamente, da mesma forma com que vivo e me dedico a tudo que empreendo. Intensidade, eis outra bela palavra dentre vocês, mais linda do que aquela chamada “tempo”. Intensidade e amor fazem juntos um belo par. Não é aquele apregoado importante que coloquei envolto em aspas que cura tudo, que faz “somar” sentimentos: é o amor.
Amor a si mesmo, amor a vida, amor ao outro, mas, se é para amar que seja intensamente. O amor e a intensidade são parceiros do bom viver. Vive bem quem curte intensamente a vida porque ama viver, relações, romances, viagens e sentimentos não são bem calculados pelo longo ou curto tempo que duraram, mas pela intensidade com que foram vividos. Só quem ama, porém, sabe ser intenso.
Mas, o amor e a intensidade também chamam a responsabilidade - somos responsáveis pelo que cativamos, daí não ser certo exagerar nas “doses” que a vida oferece, afinal é preciso ser racional. É a responsabilidade por si mesmo e pelos sentimentos alheios que faz forte a realidade de que não podemos fazer aos outros o que não desejamos que eles nos façam.
Quando perdida, vocês me ajudam a chegar um pouco mais perto de mim. Quando me sinto sozinha ou carente, vocês aliviam o meu pesar e me fazem descobrir que é no meu amor próprio e utilizando de vocês que posso me sentir melhor.
Na minha casa, em casas alheias, em outras cidades, em meio a turbulências, são vocês, queridas palavras, que me levam para longe da insanidade, que me aproximam da razão, e não me deixam desviar do caminho do amor e da fé. Obrigada minhas melhores, minhas mais fortes e perfeitas companheiras.
(Gratidão, eis outra dentre vós que apenas quem ama sabe sentir. O egoísta (palavra necessária para descrever sentimento tão pérfido) não é grato à nada, nem a ninguém. Ele apenas consegue viver bem quando as pessoas não falam o que não deseja ouvir nem fazem o que não espera. Ele não sabe ser grato, nem ao amor, nem ao aprendizado que a vida poderia lhe dar se tirasse dos olhos de sua alma o véu negro que possui.)
Cláudia de Marchi
Marau/RS, 11 de março de 2007.
Eis-me aqui, novamente, fazendo uso de vocês, palavras! Certa estava aquela que me disse perceber em meus escritos que vocês são minhas melhores amigas. Sem dúvida, vocês são e, quiçá, sempre serão.
Vocês, minhas palavras, não me traem, não me acusam, não me julgam. Vocês não são injustas, egoístas, não manifestam desamor, não complicam minha vida, não me fazem chorar ou atordoam meu coração tão cheio de boas intenções. Pelo contrário, quem as conhece bem como eu, sabe que vocês são as maiores esclarecedoras desta vida. Sem vocês nada fica claro, nada se concretiza.
Com vocês eu viajo - viajo para o mundo de meus pensamentos, de meus desejos, de meus anseios de amor e de meu coração que o transborda! Eis aí a palavra mais bela palavra dentre vocês: amor. Palavra tão forte que até assusta aos desavisados - aos que não sabem da importância de utilizá-la, além de lhe sentir.
Dessas viagens eu volto mais leve, volto um pouco mais em paz e me sentindo menos só. Vocês, minhas palavras, ajudam-me a me compreender e a entender ao mundo, porque na medida em que escrevo me descubro através de vocês.
Descobrir significa tirar algo que nos tapa, talvez tirar dos olhos o véu das pseudo-certezas, o véu da falta de compreensão alheia e própria, porque antes de usá-las eu vivo, eu sinto, eu sofro, me sinto só, me sinto perdida e, muitas vezes, sem sentir que dou amor e valorizo quem merece a intensidade com que sinto.
Sim, porque eu amo intensamente, da mesma forma com que vivo e me dedico a tudo que empreendo. Intensidade, eis outra bela palavra dentre vocês, mais linda do que aquela chamada “tempo”. Intensidade e amor fazem juntos um belo par. Não é aquele apregoado importante que coloquei envolto em aspas que cura tudo, que faz “somar” sentimentos: é o amor.
Amor a si mesmo, amor a vida, amor ao outro, mas, se é para amar que seja intensamente. O amor e a intensidade são parceiros do bom viver. Vive bem quem curte intensamente a vida porque ama viver, relações, romances, viagens e sentimentos não são bem calculados pelo longo ou curto tempo que duraram, mas pela intensidade com que foram vividos. Só quem ama, porém, sabe ser intenso.
Mas, o amor e a intensidade também chamam a responsabilidade - somos responsáveis pelo que cativamos, daí não ser certo exagerar nas “doses” que a vida oferece, afinal é preciso ser racional. É a responsabilidade por si mesmo e pelos sentimentos alheios que faz forte a realidade de que não podemos fazer aos outros o que não desejamos que eles nos façam.
Quando perdida, vocês me ajudam a chegar um pouco mais perto de mim. Quando me sinto sozinha ou carente, vocês aliviam o meu pesar e me fazem descobrir que é no meu amor próprio e utilizando de vocês que posso me sentir melhor.
Na minha casa, em casas alheias, em outras cidades, em meio a turbulências, são vocês, queridas palavras, que me levam para longe da insanidade, que me aproximam da razão, e não me deixam desviar do caminho do amor e da fé. Obrigada minhas melhores, minhas mais fortes e perfeitas companheiras.
(Gratidão, eis outra dentre vós que apenas quem ama sabe sentir. O egoísta (palavra necessária para descrever sentimento tão pérfido) não é grato à nada, nem a ninguém. Ele apenas consegue viver bem quando as pessoas não falam o que não deseja ouvir nem fazem o que não espera. Ele não sabe ser grato, nem ao amor, nem ao aprendizado que a vida poderia lhe dar se tirasse dos olhos de sua alma o véu negro que possui.)
Cláudia de Marchi
Marau/RS, 11 de março de 2007.
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