Mulheres: as que querem casar e as que querem ser (e são) felizes
Não é de hoje que existem dois tipos de mulheres. “Tipos” classificados de tal forma pelos anseios que possuem: as que querem casar e as que querem ser felizes. As diferenças são notórias, muito embora até mesmo alguns homens façam questão de se iludir (afinal, ninguém quer ser considerado como uma sombra do ideal alheio).
Todos os anseios aos quais as pessoas se arraigam em demasia tentem a se tornar algo ideal, ou melhor, algo que habita o imaginário do individuo como um ideal de perfeição, se tornando, pois uma ilusão. E, como tal, entorpece a racionalidade e a inteligência do homem.
Aquelas mulheres que, quer pela educação que tiveram, quer por “objetivos específicos” (como, por exemplo, ter um “bom partido” para lhe ceder, além do sobrenome, status e vida boa, já que não almejaram seu sucesso profissional e financeiro conquistado com independência) cultivam ou cultivaram o sonho do casamento acabam sendo, pela ilusão que criaram, entorpecidas a ponto de colocarem a perder boas relações e fazerem de outras que já nasceram falidas um objetivo de vida.
As que querem casar são aquelas que tudo aceitam enquanto namoradas, aquelas que não se impõem, que não exigem respeito, porque, na verdade, sequer se respeitam, pois colocam sua cara e vida a tapa de tão embriagadas que estão pelo seu ideal: o casamento.
O homem, seu namorado, enfim, é (mas não sabe) apenas uma sombra diante do ideal de sua namorada. Ela o perdoa, agrada, releva seus erros porque deseja se casar, não com ele pelas virtudes que possui, mas com qualquer homem que, obviamente, não seja pouco abastado financeiramente (ao menos, deve ganhar mais do que ela) - isso faz parte do ideal dessas mulheres que chamo de “casamenteiras”.
Pode o namorado sair com os amigos e esquece-la em casa, pode ele lhe xingar, gritas e esbravejar, pode não lhe dar carinho nem assistência emocional, pode faze-la passar vergonha diante de outros. A mulher que quer casar não se importa, ou melhor, se num dia chora e reclama, no outro vai bater a porta do pseudo-amado ou aceitar suas desculpas esfarrapadas. Tudo pela realização de seu ideal.
“Quero me casar, portanto aceito”. Esta é a verdade latente, muito embora a casamenteira tenha em seu lábios a mentira óbvia: “Eu o amo por isso aceito”. Ora, não ama ninguém quem não se ama, quem não se respeita e quem aceita uma relação notoriamente fajuta porque, no fundo, deseja sair da casa dos pais, parar de trabalhar, ficar em casa como uma mulher submissa, uma perfeita “esposa” a moda antiga, ou, simplesmente, poder afirmar para as amigas: Eu me casei.
Por outro lado, as mulheres que desejam ser felizes fazem de tudo para sê-lo no presente. Não abrem mão de sua auto-estima pensando num casamento, batalham, buscam suas realizações profissionais e desejam um companheiro que as satisfaçam sexual, intelectual e emocionalmente. Se estiverem com alguém é porque o amam e não porque querem algo, porque querem se casar, enfim.
O casamento pode, para estas mulheres, ser a conseqüência de uma relação imersa em cumplicidade, parceria, troca de experiências, apoio e respeito mútuos, bom humor, alegrias, onde ocorrer a superação de ciúmes, inseguranças e outras diferenças que, no inicio se mostraram perniciosas.
Enfim, para as mulheres que desejam a felicidade o casamento pode, apenas, ser um fruto simples de um relacionamento calcado no amor, afinal, casar para estas mulheres de inteligência e auto-estima elevadas é apenas um detalhe no quadro de sua felicidade. E esta é preexistente aquele que pode nem ocorrer nos ditames da sociedade antiga, pois, como diria minha mãe “casado é aquela que bem vive” e vive bem quem é feliz intrinsecamente sem precisar criar um ideal ilusório.
Cláudia de Marchi
Não é de hoje que existem dois tipos de mulheres. “Tipos” classificados de tal forma pelos anseios que possuem: as que querem casar e as que querem ser felizes. As diferenças são notórias, muito embora até mesmo alguns homens façam questão de se iludir (afinal, ninguém quer ser considerado como uma sombra do ideal alheio).
Todos os anseios aos quais as pessoas se arraigam em demasia tentem a se tornar algo ideal, ou melhor, algo que habita o imaginário do individuo como um ideal de perfeição, se tornando, pois uma ilusão. E, como tal, entorpece a racionalidade e a inteligência do homem.
Aquelas mulheres que, quer pela educação que tiveram, quer por “objetivos específicos” (como, por exemplo, ter um “bom partido” para lhe ceder, além do sobrenome, status e vida boa, já que não almejaram seu sucesso profissional e financeiro conquistado com independência) cultivam ou cultivaram o sonho do casamento acabam sendo, pela ilusão que criaram, entorpecidas a ponto de colocarem a perder boas relações e fazerem de outras que já nasceram falidas um objetivo de vida.
As que querem casar são aquelas que tudo aceitam enquanto namoradas, aquelas que não se impõem, que não exigem respeito, porque, na verdade, sequer se respeitam, pois colocam sua cara e vida a tapa de tão embriagadas que estão pelo seu ideal: o casamento.
O homem, seu namorado, enfim, é (mas não sabe) apenas uma sombra diante do ideal de sua namorada. Ela o perdoa, agrada, releva seus erros porque deseja se casar, não com ele pelas virtudes que possui, mas com qualquer homem que, obviamente, não seja pouco abastado financeiramente (ao menos, deve ganhar mais do que ela) - isso faz parte do ideal dessas mulheres que chamo de “casamenteiras”.
Pode o namorado sair com os amigos e esquece-la em casa, pode ele lhe xingar, gritas e esbravejar, pode não lhe dar carinho nem assistência emocional, pode faze-la passar vergonha diante de outros. A mulher que quer casar não se importa, ou melhor, se num dia chora e reclama, no outro vai bater a porta do pseudo-amado ou aceitar suas desculpas esfarrapadas. Tudo pela realização de seu ideal.
“Quero me casar, portanto aceito”. Esta é a verdade latente, muito embora a casamenteira tenha em seu lábios a mentira óbvia: “Eu o amo por isso aceito”. Ora, não ama ninguém quem não se ama, quem não se respeita e quem aceita uma relação notoriamente fajuta porque, no fundo, deseja sair da casa dos pais, parar de trabalhar, ficar em casa como uma mulher submissa, uma perfeita “esposa” a moda antiga, ou, simplesmente, poder afirmar para as amigas: Eu me casei.
Por outro lado, as mulheres que desejam ser felizes fazem de tudo para sê-lo no presente. Não abrem mão de sua auto-estima pensando num casamento, batalham, buscam suas realizações profissionais e desejam um companheiro que as satisfaçam sexual, intelectual e emocionalmente. Se estiverem com alguém é porque o amam e não porque querem algo, porque querem se casar, enfim.
O casamento pode, para estas mulheres, ser a conseqüência de uma relação imersa em cumplicidade, parceria, troca de experiências, apoio e respeito mútuos, bom humor, alegrias, onde ocorrer a superação de ciúmes, inseguranças e outras diferenças que, no inicio se mostraram perniciosas.
Enfim, para as mulheres que desejam a felicidade o casamento pode, apenas, ser um fruto simples de um relacionamento calcado no amor, afinal, casar para estas mulheres de inteligência e auto-estima elevadas é apenas um detalhe no quadro de sua felicidade. E esta é preexistente aquele que pode nem ocorrer nos ditames da sociedade antiga, pois, como diria minha mãe “casado é aquela que bem vive” e vive bem quem é feliz intrinsecamente sem precisar criar um ideal ilusório.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 04 de junho de 2007.
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