Transigência excessiva
“Viver é transigir”, já disse isso em algum de meus textos. Viver é transigir porque para viver necessitamos conviver e este é o exercício mais eficaz para nosso aperfeiçoamento e crescimento pessoal.
Ademais, é apenas convivendo com pessoas que nos são queridas que nos tornamos capazes, realmente, de nos sentirmos felizes e termos alegria de viver. Nenhuma pessoa é plenamente feliz na solidão, sem ter com quem compartilhar vivências, experiências e, em especial, sentimentos e carinho. O solitário vegeta em si mesmo.
Pois bem, é essa arte de transigir que no decorrer de relacionamentos, em especial os amorosos, faz com que abramos mão de algumas coisas, desejos e vontades. Ainda que, no momento, nos sintamos mal por ceder em determinado aspecto, sabemos que estamos agindo certo posto que em prol da harmonia da relação, e, consequentemente, de nossa felicidade.
Eis que, como em tudo na vida, há de existir explicitamente o meio termo. Se ceder e transigir é salutar em relação a pequenas atitudes, como abrir mão de vontades e ações comuns, é extremamente negativo quando se refere à abdicação de sonhos e metas que dizem respeito a nossa individualidade e auto-realização.
Sonhos, planos e metas são pessoais, fazem parte do psiquismo individual, são grandiosos ainda que não concretizados. Quem abre mão de amizades, de um sonho profissional ou da própria carreira em prol do outro, esta fadando sua própria vida ao tédio e, consequentemente, levando o relacionamento à bancarrota futura. Obviamente tal não ocorre se o individuo abre mão de algo por si mesmo.
Enfim, há de se usar a racionalidade para não ser egoísta em relação a atos corriqueiros, nem tolo abrindo mão de sonhos e metas futuras e relevantes, afinal, aquele que larga sua vida para viver a sombra do outro se torna um nada no mundo, porque sombras não impõe respeito, não vivem, não sentem, não agradam, elas estão sem existirem no mundo, e, um dia ou outro acabam amargando a solidão.
Ninguém quer ter a seu lado alguém sem personalidade, sem vida própria, que nada criou, nada construiu ou inventou na vida. É por isso que aquele que acaba abrindo mão de suas metas para agradar ao outro desconhece que, no futuro, além de ser infeliz consigo mesmo, será um desagrado para seu parceiro, afinal, pior do que um ser sem vida própria é aquele que é frustrado com a ausência dela, e esta frustração um dia chega.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 08 de junho de 2007.
“Viver é transigir”, já disse isso em algum de meus textos. Viver é transigir porque para viver necessitamos conviver e este é o exercício mais eficaz para nosso aperfeiçoamento e crescimento pessoal.
Ademais, é apenas convivendo com pessoas que nos são queridas que nos tornamos capazes, realmente, de nos sentirmos felizes e termos alegria de viver. Nenhuma pessoa é plenamente feliz na solidão, sem ter com quem compartilhar vivências, experiências e, em especial, sentimentos e carinho. O solitário vegeta em si mesmo.
Pois bem, é essa arte de transigir que no decorrer de relacionamentos, em especial os amorosos, faz com que abramos mão de algumas coisas, desejos e vontades. Ainda que, no momento, nos sintamos mal por ceder em determinado aspecto, sabemos que estamos agindo certo posto que em prol da harmonia da relação, e, consequentemente, de nossa felicidade.
Eis que, como em tudo na vida, há de existir explicitamente o meio termo. Se ceder e transigir é salutar em relação a pequenas atitudes, como abrir mão de vontades e ações comuns, é extremamente negativo quando se refere à abdicação de sonhos e metas que dizem respeito a nossa individualidade e auto-realização.
Sonhos, planos e metas são pessoais, fazem parte do psiquismo individual, são grandiosos ainda que não concretizados. Quem abre mão de amizades, de um sonho profissional ou da própria carreira em prol do outro, esta fadando sua própria vida ao tédio e, consequentemente, levando o relacionamento à bancarrota futura. Obviamente tal não ocorre se o individuo abre mão de algo por si mesmo.
Enfim, há de se usar a racionalidade para não ser egoísta em relação a atos corriqueiros, nem tolo abrindo mão de sonhos e metas futuras e relevantes, afinal, aquele que larga sua vida para viver a sombra do outro se torna um nada no mundo, porque sombras não impõe respeito, não vivem, não sentem, não agradam, elas estão sem existirem no mundo, e, um dia ou outro acabam amargando a solidão.
Ninguém quer ter a seu lado alguém sem personalidade, sem vida própria, que nada criou, nada construiu ou inventou na vida. É por isso que aquele que acaba abrindo mão de suas metas para agradar ao outro desconhece que, no futuro, além de ser infeliz consigo mesmo, será um desagrado para seu parceiro, afinal, pior do que um ser sem vida própria é aquele que é frustrado com a ausência dela, e esta frustração um dia chega.
Cláudia de Marchi
Concórdia, 08 de junho de 2007.
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