Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Se é amor...

Se é amor...

Se é amor que seja verdadeiro. Que seja intenso, de corpo e alma, de mãos, pés, abraços, beijos, nucas, cheiros, cabelos, apertões, carícias. Que seja de desejos para o futuro, de sonhos sonhados juntos, de esperanças divididas, de reclamações e dores compartilhadas ao pé do ouvido, de abraços, de apoio, de confiança. Se é amor que seja de olho no olho, mãos entrelaçadas, corpos e alma unidos, perdão bem disposto.Se é amor que seja de doação e não de comodato, de compra e venda ou arredamento, nem, necessariamente, de "casamento". Amor puro cultivado no dia a dia. Amor puro, que apenas do amor depende.
Amor sem pedir retribuições que não sejam as à ele inerentes: Respeito, sempre. Confiança, companheirismo, parceria, união. Lealdade e fidelidade. Todos entrelaçados. Quem não respeita, não faz companhia, não divide a vida, as dores da alma, as alegrias do coração, quem não compartilha leva o relacionamento rumo à bancarrota da deslealdade, da infidelidade em suas diversas manifestações, dos atos impensados de mágoa.
Se é amor que penda para o perdão. Não para as cobranças. Se é para perdoar que seja da alma para dentro, e não da boca para fora. Que seja o perdão coerente e racional que avalia a conduta alheia sem olvidar da sua, e, pois da sua própria culpa e ato gerador da atitude magoante ou "desgastante" do outro. Perdão sem cobranças, sem "o jogar na cara", porque se do contrário for não é puro, não é verdadeiro, e, logicamente, não é perdão de quem ama de verdade.
Se é amor de enamorados que seja assumido. Assumido no silêncio dos olhares, na paciência, no convívio, no saber ceder espaço, no coração, na alma, no lar. Não precisa de alianças, champagne de primeira, festa de alta classe. Precisa de amor. Precisa de respeito à liberdade do outro, às limitações do outro e a "bagagem" de probleminhas que toda pessoa traz consigo, às tradicionais "diferenças de criação e vivência". Precisa de coragem e maturidade para compartilhar a vida com alguém sem querer ou pensar em dele se adonar.
Amar não é prender. Não é privar das amizades, da individualidade, dos momentos de solidão ou confraternização intima e com amigos que todos precisam para se sentirem sãos de espírito e donos de si mesmos apesar de ter alguém importante no coração. Amar é respeitar, é ceder espaço e, inclusive, liberdade ao outro. É, pois, confiar e sorrir tranqüilamente sabendo que quem ama e é bem amado não é seu por uma escritura pública ou prisão de qualquer forma. Mas porque lhe ama, respeita, confia e admira.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 24 de outubro de 2007.

Um comentário:

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