Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Verdades do amor

Verdades do amor

Em que lugar o amor morre? Aonde ele se perde? Em que ponto do caminho do relacionamento a solidão vai para um lado, o costume e a carência para outro e o amor fica no chão, esmagado na confusão de sentimentos e ilusões? Onde reside o amor no coração dos que não gostam da própria existência, onde reside este nobre sentimento na alma daqueles que não confiam em quem dizem amar?
Complicado não é sentir, complicado não é viver, complicado é complicar o que nasceu para ser simples, leve e saudável: A vida e os sentimentos que são mananciais de alegria e rejubilo no coração dos que a eles se entregam, e, sabem se entregar sem medo de sofrer. Não sei se o amor morre, creio que o amor de verdade não morre nunca, apenas se esconde. Se esconde embaixo do amor próprio daquele que ama alguém, mas que, por algum motivo se cansa.
Existem situações intoleráveis, desrespeitos insuportáveis, atitudes magoantes, desconfianças sem sentido, acusações infundadas e ofensivas, e o amor, ao contrário do que podem pensar alguns, não "agüenta tudo". O amor é sentido forte no peito, na alma, mas ele acaba, aos poucos, se escondendo para que o amor próprio prevaleça. Quem agüenta desaforos, quem "agüenta" tudo não ama. Não ama, porque não se ama.
O amor também não se perde. Ou ele existe e permanece, ou ele se esconde para que amor próprio se liberte e o individuo consiga ser feliz, com ele mesmo e, quiçá, com outro alguém. Amor não se conjuga no passado, já dizia o poeta. Ou ele existe hoje, ou se escondeu para o auto-respeito prevalecer, ou, na verdade, nunca existiu. Foi paixão, foi ilusão ou, porque não, medo de solidão.
Certo, porém, é que aquele que não ama à si mesmo e à sua vida e nem dá a ela os seus melhores sentimentos não ama ninguém. Dizer que alguém que não ama a própria vida é capaz de amar verdadeiramente alguém é o mesmo que dizer que "chocolate é doce como limão": Uma redundância estúpida que indica algo impossível. Confiança, respeito mútuo, capacidade de ceder e compreender são os maiores indicativos da existência de tal sentimento. E quem não confia em si mesmo, nem se respeita não pode dar ao outro o que não conhece e possui.
Relacionar-se, assim como viver é prazeroso. Prazeroso para quem tem prazer em ser quem é, viver como vive, amando à si mesmo e a vida que possui. O homem faz da sua vida, dos seus relacionamentos e dos seus sentimentos aquilo que pensa deles. Felizes no amor são os que acreditam nele, relacionamentos harmônicos possuem aqueles que acreditam que a inteligência, a sensibilidade e uma boa dose de sentimento puro podem tornar uma relação entre seres diferentes uma forma agradável de viver, aprender e crescer em união, é claro.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 16 de outubro de 2007.

Um comentário:

  1. Drª Claudia, li seu artigo no espaço vital e achei muito interessante. Sou advogado criminalista atuando principalmente no Tribunal do Júri, e sempre tenho dito, que o MP quer vender essa idédia de fiscal da lei, que não tem interesse na condenação do acusado etc... já o advogado é o defensor do acusado, suas palavras são parciais pois tem interesse na absolvição etc... Ledo engano. O MP é fiscal da lei no cível, e não no crime! quando atua no processo penal é parte e, se é parte, tem interesse direito no desfecho do feito. Desta forma, é engodo, quererem dizer que o MP é imparcial.
    Um grande abraço. E a propósito você tem namorado??? tenho 26 anos e tenho escritório profissional na cidade de Espumoso-RS. FONE: 54-9127-6540

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