Uma nobre desistência
Li hoje uma frase de autoria atribuída à Bob Marley e me encantei: "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer". Essa frase fala muito para quem, por uma razão ou outra teve que olvidar do amor e de sua força, para se auto-preservar, para salvar o próprio coração.
O ser humano pensa que o amor cura tudo, supera tudo, mas ele não cura, ele não supera. As pessoas pensam que quem ama nunca desiste, não cansa, mas elas estão enganadas porque todo amor que podemos sentir com sinceridade por alguém, é fruto do primeiro amor que podemos ter- o por nós mesmos, e é este que, mediante o sofrimento, um dia ou outro, se ergue e nos faz dizer: Desisto.
Nem todas as pessoas amam ou já amaram verdadeiramente alguém na vida, poucos são os que, por se amarem, tendo o espírito humilde e a alma limpa, conseguem entregar seus sentimentos de verdade numa relação. Felizes os que já amaram ou amam desta forma, porque o amor trás paz, trás felicidade e harmonia para o espírito de quem o sente vibrar.
Todavia, se é verdade que nem todos amaram verdadeiramente na vida também é fato que nem todos precisaram desistir, por brio, de lutar por um relacionamento, por um amor que poderia ter sido e não foi: Poderia ter sido harmonioso, poderia ter sido legal, poderia ter dado certo, e por um motivo qualquer, um erro, uma distração típica dos que não percebem o sentimento alheio, uma falta qualquer, inclusive de reciprocidade, não deu.
Não desejo à ninguém a desistência de um amor por não suportar mais alguma dor, mas admiro os que conseguem desistir do que outrora era desejado, sonhado, estimado. A dor ensina, principalmente os que não aprenderam pelo amor, que, por sua vez, fortalece aquele que o sentiu e precisou desistir dele para salvar a si mesmo. Na vida afetiva recuar é uma desistência nobre, e ninguém desiste em vão.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 24 de setembro de 2008.
Li hoje uma frase de autoria atribuída à Bob Marley e me encantei: "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer". Essa frase fala muito para quem, por uma razão ou outra teve que olvidar do amor e de sua força, para se auto-preservar, para salvar o próprio coração.
O ser humano pensa que o amor cura tudo, supera tudo, mas ele não cura, ele não supera. As pessoas pensam que quem ama nunca desiste, não cansa, mas elas estão enganadas porque todo amor que podemos sentir com sinceridade por alguém, é fruto do primeiro amor que podemos ter- o por nós mesmos, e é este que, mediante o sofrimento, um dia ou outro, se ergue e nos faz dizer: Desisto.
Nem todas as pessoas amam ou já amaram verdadeiramente alguém na vida, poucos são os que, por se amarem, tendo o espírito humilde e a alma limpa, conseguem entregar seus sentimentos de verdade numa relação. Felizes os que já amaram ou amam desta forma, porque o amor trás paz, trás felicidade e harmonia para o espírito de quem o sente vibrar.
Todavia, se é verdade que nem todos amaram verdadeiramente na vida também é fato que nem todos precisaram desistir, por brio, de lutar por um relacionamento, por um amor que poderia ter sido e não foi: Poderia ter sido harmonioso, poderia ter sido legal, poderia ter dado certo, e por um motivo qualquer, um erro, uma distração típica dos que não percebem o sentimento alheio, uma falta qualquer, inclusive de reciprocidade, não deu.
Não desejo à ninguém a desistência de um amor por não suportar mais alguma dor, mas admiro os que conseguem desistir do que outrora era desejado, sonhado, estimado. A dor ensina, principalmente os que não aprenderam pelo amor, que, por sua vez, fortalece aquele que o sentiu e precisou desistir dele para salvar a si mesmo. Na vida afetiva recuar é uma desistência nobre, e ninguém desiste em vão.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 24 de setembro de 2008.
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