Certezas
O ser humano gosta de cultivar certezas como uma forma de sentir-se mais forte, mais sapiente. As certezas que as pessoas cultivam, de regra, afugentam seus medos.
Entretanto, quando, por algum motivo, as suas convicções são colocadas a prova, paira sobre elas uma forte sensação de insegurança.
Quem, afinal, a gente se torna sem aquelas convicções que nos protegiam tal qual um cobertor do frio?
Tornaremos-nos pessoas melhores sem elas? Ou, na verdade, continuaremos sendo errantes, porém com outras certezas?
Creio que esta última possibilidade seja a real.
Precisamos acreditar profundamente em algo, precisamos nos achar corretos para termos tranqüilidade. A gente não deixa de ter convicções, apenas adquirimos outras.
O fato é que, seguidamente, as nossas certezas dificultam a nossa mudança ou, pelo menos, a nossa capacidade de reconhecer que precisamos mudar algo em nossa personalidade: estamos certos de que nosso pensar é correto, de que é, enfim, o melhor que podemos ter.
Então vem a vida e mostra que devemos rever nossas certezas, nos mostrando que nem sempre os conceitos que temos das coisas e dos sentimentos é o que nos fará bem em todos os momentos.
Resta-nos, portanto conservar a humildade para sermos felizes mudando nossas crenças na medida em que crescemos, sofremos e, enfim, aprendemos.
As nossas convicções podem ser fortes e arraigadas em nossa alma, mas se não forem mutáveis poderão nos fazer extremamente infelizes.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 04 de fevereiro de 2013.
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