Descrentes
Você pode ter a fé que quiser em Deus, espíritos, santos ou seja o que for, se você não for capaz de tolerar opiniões opostas ou meramente diferentes das suas, a sua religiosidade será praticamente inútil.
Antes um ateu de mente aberta e humilde, do que um crente arrogante que acha que as suas opiniões são tão boas que precisam ser expostas até
quando não são solicitadas.
Eu não valorizo as pessoas pelas crenças que elas possuem, mas pelas as atitudes que elas tomam, pela forma com que elas pensam, pela capacidade de tolerar o diferente e conviver com ele, pela inteligência humilde, pela capacidade de transigir, relevar e perdoar.
Acreditar em belas filosofias religiosas é fácil, praticar o bem, não. Da mesma forma que ter belas crenças e se tornar orgulhoso delas a ponto de menosprezar o ponto de vista alheio também é fácil. E desprezível. Por isso não me surpreendo com as pessoas pelo que elas crêem, mas pela forma com que agem e pelo que elas fazem com aquilo em que acreditam.
Pessoas religiosas não são melhores do que pessoas descrentes, a única diferença são, obviamente, as suas crenças. O que distingue as pessoas uma das outras são as atitudes que tomam, é por isso que indivíduos menos crentes, que contam menos com o “perdão divino” podem agir de forma mais honrosa e nobre do que aquelas que crêem nele.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 11 de fevereiro de 2013.
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