Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os recém separados

Os recém separados


Se os recém casados possuem pontos em comum por seu êxtase de amor e realização os recém separados também possuem, em sua maioria, com o perdão da minoria, claro.
Os recém separados de regra dão uma bela barrada na vida após a separação. Eles colidem com experiências que ficaram em seu passado, tudo (ou quase tudo) é, de certa forma, “novo”. Ninguém sabe o que tal emoção significa até ser um recém separado, mas é claro que, como tudo na vida, tais sensações possuem um aspecto enaltecedor.
De regra os recém separados saem do casamento fazendo algumas besteiras como adolescentes após receber o primeiro salário. Bebem demais, saem de casa além do normal, beijam quem não devem, se envolvem precocemente com alguém, fazem sexo antes do tempo ou sem seletividade alguma com desconhecidos ou quase desconhecidos (caso dos homens, em sua maioria). Citando algumas das tais “besteiras”, é claro.
Na verdade os recém separados se perdem no tempo, eles agem com pressa de viver porque, de regra, possuem a idéia de que vegetaram por um bom tempo de suas vidas, afinal se o casamento tivesse lhes satisfeito não seriam separados, é claro.
Então, por isso eles saem do casamento com a tal ânsia de viver como se não fossem ter tempo o bastante para isso, eles querem rua, até porque a casa lhes lembra a vida acomodada de outrora e vários fatos que não lhes faz bem recordar.
Eles querem novas experiências: a recatada se torna mais expansiva, a sóbria, toma um porre (ou dois, ou um por dia), a santa deixa os pudores de lado, enfim logo após a separação boa parte dos recém separados não age como costumava agir e nem aparenta ser o que realmente é. Seus atos devem ser ignorados um pouco até verem que a vida segue e não vai terminar amanha como seu casamento.
Os recém separados experimentam um alivio frustrante com a separação. Só após o período de luto (assimilação da perda e do fim) é que voltam a agir como sempre agiram até terem a fatídica e necessária experiência: o divórcio. 

Cláudia de Marchi

Férias- BC/SC, 08 de fevereiro de 2011.

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