Uma paixão leve
Eu quero viver um belo romance, uma intensa e calorosa paixão. Eu quero sentir o frio na espinha, o calor que resplandece em todo o corpo, quero me entregar a quem me deixe segura, mas há de ser uma paixão vivida com uma pessoa leve, tranqüila, segura de si.
Eu quero uma companhia leve, quero me apaixonar pelo sujeito bem humorado, pelo sujeito arrojado, que tem responsabilidades, mas não surta com elas, eu não quero um homem que me ofereça segurança financeira, eu quero apenas um cara que confie em si mesmo e em mim. Quero um relacionamento legal, não uma conta bancária.
Quero um homem que não tenha medo de se entregar a paixão, que não tenha medo de ser bondoso e que não faça dos traumas do passado escudos para acobertar sua covardia afetiva. Não quero um sujeito acomodado que me deixe em segundo plano. Ou dá valor e prioridade, ou me deixa sozinha.
Eu quero um homem que tenha vivido o suficiente para saber diferenciar uma mulher da outra, para não generalizar os defeitos e nem as virtudes, um homem com certa sensibilidade para captar a minha alma e tudo aquilo que não se pode depreender vendo apenas minha aparência. Um homem com certa maturidade para ver as minhas características mais especiais e especificas.
Eu quero a sorte de ter ao meu lado um sujeito tranqüilo, sereno, quente, capaz de análises profundas, mas com a alma leve, um homem que não se escraviza a nada, um homem que queira bem viver, bem amar, bem sonhar, que seja do bem e feliz. Leveza, tranqüilidade, perspicácia para me decifrar, alegria, humor, destemor para se apaixonar e um pouco de sacanagem me aprazem. E muito.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 21 de fevereiro de 2011.
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