Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Abaixo à prolixidade.

Abaixo à prolixidade.

Não sei se é o cansaço, a correria do dia a dia, o passar dos anos, a idade que esta começando a se avantajar, mas o fato é que ando avessa a qualquer tipo de papo prolixo. Não tenho mais paciência para ouvir uma pessoa falar 10 minutos o que podia ser dito em menos de cinco.

Não suporto os mestres e doutores que falam tanto que não conseguem expressar o que deveriam, não conseguem explanar claramente nada, apenas dão voltas e estacionam no mesmo lugar: O da obscuridade.

Na verdade há um culto social à quantidade. As aulas tanto nas escolas quando nas instituições de ensino superior são longas demais, quase tudo é mais extenso em tempo do que deveria ser se a qualidade implícita da objetividade fosse devidamente valorizada.

Quando falamos, ou melhor, quando devemos explicar algo, sejamos mestres, doutores, advogados, professores, vendedores, temos que ter a certeza de que aquele que nos ouve deve e deseja compreender o que estamos dizendo, eles não querem saber a história de nossos avós, de nosso filho, eles não precisam saber de nada além do que aquilo que precisam.

O mundo precisa de pessoas sucintas, ninguém tem tempo de sobra para ouvir o que não precisa. Se quisermos uma explicação sobre A, é sobre A que deve o assunto se cingir. Se vamos a uma aula sobre dado assunto, é sobre ele que queremos e devemos aprender e é sobre tal que o professor deve falar.

O dever daquele que explica algo é tornar o objeto da explicação claro para quem lhe ouve, o dever é tirar a obscuridade em torno de assunto existente vez que o leigo não sabe muito a respeito dele, do contrário não precisaria de elucidações, de explicações.

Chega de prolixidade, a vida esta urgindo e todos querem gozá-la. Chega de pessoas que falam demais, que tergiversam muito. Queremos a sabedoria inerente à objetividade, queremos a inteligência dos sucintos porque fora da sala há muita vida para viver e um mundo de coisas a ser aprendido.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 04 de novembro de 2010.

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